TERRITÓRIO (NÃO) LIVRE… PF cumpre mandados no São José por aliciamento violento de eleitores e envolve vereadora Raíssa
Foi um dia de movimentação policial em João Pessoa, nesta terça-feira (10/09), quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Território Livre, cumpriu mandados de busca e apreensão no Bairro de São José.
A ação visa combater crimes de aliciamento violento de eleitores e organização criminosa em João Pessoa. Com um detalhe: um dos alvos da operação foi a vereadora Raíssa Lacerda (PSB), candidata à reeleição.
Segundo a PF, foram apreendidos dinheiro em espécie, aparelhos celulares e contracheques de funcionários da Prefeitura de João Pessoa. No total, a operação resultou na apreensão de R$ 35 mil em espécie e documentos com dados pessoais de várias pessoas.
Além de contracheques de servidores, também foram apreendidos aparelhos celulares, provas que podem indicar materialidade e autoria e reforçar os elementos já colhidos durante a investigação policial, objetivando a responsabilização dos envolvidos pelos crimes eleitorais praticados.
De acordo com as primeiras informações, os investigados utilizavam controle de território para influenciar o processo eleitoral, praticando crimes como a constituição de organização criminosa e o uso de violência para coagir eleitores.
A operação faz parte de uma investigação que busca comprovar a materialidade desses crimes e responsabilizar os envolvidos.
Diante das informações indicando que a Prefeitura seria alvo também da operação, a gestão emitiu nota, negando as especulações, e emitiu uma nota…
CONFIRA NOTA…
Em resposta às apreensões realizadas, a Prefeitura de João Pessoa emitiu uma nota esclarecendo que nenhum imóvel ou repartição municipal foi alvo da Operação Território Livre. A gestão municipal lamentou ainda a tentativa de associar autoridades do Executivo local a eventos dessa natureza e reforçou que nenhum servidor público nomeado ou contratado está entre os investigados.
Raíssa Lacerda, que recentemente assumiu uma cadeira na Câmara Municipal após a morte do vereador Professor Gabriel, ocupava até então o cargo de secretária-executiva de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de João Pessoa. A parlamentar não se pronunciou oficialmente sobre o caso até o momento.
A investigação segue em curso, e a Polícia Federal busca consolidar os elementos coletados para aprofundar as acusações e identificar o envolvimento de outros participantes na prática de crimes eleitorais.