The Wall Street faz reportagem em Campina sobre pesquisa da relação entre microcefalia e Zica
O trabalho realizado com bebês vítimas de microcefalia e a relação com o Zica Vírus colocou Campina Grande no epicentro da discussão científica sobre a epidemia. Após intensa repercussão em todo o País, o assunto chegou às manchetes dos maiores jornais do mundo. Na semana passada, por exemplo, repórteres da Agência Reuters estiveram na cidade colhendo informações para seu noticiário.
Na manhã desta quarta, foi a vez de uma equipe do The Wall Street Journal vir a Campina para entrevistar autoridades, médicos e pacientes para uma reportagem, inclusive a partir do trabalho desenvolvido no Hospital Pedro I, que se tornou uma referência nacional em assistência às mães e bebês vitimados pela Síndrome Congênita do Zika Vírus.
Pesquisa – Tudo começou quando a médica campinense Adriana Melo passou a suspeitar da relação entre os numerosos casos de microcefalia e a ocorrência de Zica. Ela, então, decidiu promover reunião com outros profissionais de saúde que atendem grávidas cidade e comunicou a suspeita a um amigo médico, que indicou uma conhecida na Fiocruz do Rio de Janeiro.
Em 5 de novembro, Adriana conseguiu conversar demoradamente com médicos da Fiocruz, quando então decidiram que ela deveria mandar o líquido amniótico das pacientes para a Fiocruz, para os primeiros testes. As amostras foram retiradas na clínica particular da médica e enviadas ao Rio, “tudo custeado por ela”.
Dias depois, a Fiocruz faria um anúncio de tinham encontrado evidências, mas era uma informação inédita que precisava de mais provas, porque haveria questionamentos. Àquela altura, o mundo científico já estava de olho nas pesquisas da médica e sua descoberta que, se confirmada, seria inédita. Desde então, estudos realizados em todo o mundo sinalizaram no sentido de confirmar os estudos de Adriana.