Trabalho escravo? Concursados da PM são obrigados a trabalhar 15 horas com apenas um salário mínimo
Os concursados da Polícia Militar, que vêm travando há anos, uma batalha intensa por sua contratação, seguem enfrentando dificuldades. Durante as eleições do ano passado, como se sabe, o governador Ricardo Coutinho anunciou a contratação de 300 classificados ao final de curso, que deveria ter encerrado em maio último, cumprindo a carga dos nove meses.
E o que faz o Governo do Estado? Resolveu estender o curso até dezembro, e vem pagamento uma remuneração de um salário mínimo (R$ 937) aos concursados, para desempenharem as meses funções de um soldado da ativa, inclusive com uma carga de até 15 horas diárias de trabalho. O desabafo dos concursados caiu na Internet e o Blog publica um trecho com a denúncia.
CONFIRA A ÍNTEGRA DO DOCUMENTO…
“1. Iniciamos o curso no dia 1 de setembro de 2016 e o edital que é a lei do concurso tinha como previsto aproximadamente 9 meses e exatamente amanhã estamos fazendo 10 meses.
2. Ganhamos um salário mínimo pra se manter e algumas matérias como tiro defensivo foram antecipadas para trabalharmos armados em diversos serviços como o Carnaval, são João, festas de emancipação de diversas cidades e serviços de policiamento ostensivo a pé e blitz, mas enquanto um soldado formado além de ganhar a diária vergonhosa de 40 reais eles também ganham o por que é uma complementação para o serviço, a gente só ganha a diária e ainda recebemos no pinga pinga têm 4 pendentes pagam 2 e deixam 2 e assim vai; e sem falar da carga horária que nós não podemos passar de 8h de serviço a pé, mas estamos trabalhando quase 15h saímos pra o centro de educação PMPB para se armar às 17:30 e chegamos no outro dia pra se desarmar às 8h da manhã.
3. Fazemos o mesmo serviço de um soldado formado enquanto ele ganha 3 vezes o que a gente ganha e também temos a mesma responsabilidade.
4. E o comandante do centro de educação diz que o curso que era pra ter encerrado no final de Maio 2017 irá se arrastar até 12 de Dezembro do corrente ano chegando a 16 meses de curso por já ter conseguido nos armar e ter quase 300 alunos como mão de obra barata em todas as regiões como João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras. Já comandante geral diz que a gente não queria ajudar então só dezembro.
5. E o que precisamos é de um posicionamento do governador e do comandante geral sobre o término do curso e nomeação ao cargo de soldado com todos os direitos e obrigações e deveres.
Tem gente passando necessidade. Não aguentamos mais e não temos culpa pela falta de efetivo e que o edital seja cumprido.”