TRE começa julgar ação que trata da invasão do comitê de Cássio na eleição pela polícia
Muita gente sente urticária sempre que a mídia noticia sobre a tramitação das ações que pedem a cassação do governador Ricardo Coutinho, protocoladas seja pelo Ministério Público Eleitoral, seja pelo senador Cássio Cunha Lima. É uma reação similar ao que acometia alguns fundamentalistas do cassismo, quando a Imprensa trazia notícias sobre o andamento dos processos que pediam sua cassação.
Em vez de ficaram com tantos pruridos, os atuais fundamentalistas do ricardismo deveriam, em verdade, torcer para que a Justiça julgue as ações. Se o governador nada tem a temer, uma eventual absolvição irá lhe fornecer um atestado de idoneidade de extraordinário efeito político. Se for condenado, paciência. A mesma Justiça que, no passado, cassou o mandato de Cássio, pode também cassar Ricardo.
Deixem a Justiça fazer o seu trabalho. Nesta sexta-feira (dia 27), por exemplo, marcou para 8 de maio, a oitiva das testemunhas na AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), que compreende uma abordagem policial no comitê de campanha do senador Cássio, às vésperas do segundo turno. A acusação principal é abuso de poder político e autoridade. A ação envolveu policiais civis e miliares.
Aliás, o comando da Polícia Civil e Militar terá os próximos dez dias para apresentar sua defesa, referente à acusação de “invasão” do comitê de campanha do tucano, para revistar pessoas e veículos, de forma supostamente indevida. São réus na ação o governador RC, sua vice Lígia Feliciano, o comandante-geral da PM, coronel Euler, o delegado Carlos Alberto, além do secretário Luiz Torres (Comunicação).
Na oportunidade, o advogado Harrisson Targino, um dos coordenadores jurídicos da campanha de Cássio, levou a denúncia até a Superintendência de Polícia Federal, por entender, “que houve uma violação flagrante do princípio da privacidade, abuso de poder e de autoridade”. O episódio ocorreu no dia 25 de outubro de 2014.