TRE vota pela aliança do PT com o PSB por 4 a 3. PMDB vai recorrer
A disputa foi apertada, mas, no final, vingou a aliança do PT com o PSB. O placar diz tudo: 4×3. O sinal da votação contrária à coligação com o PMDB começou, no início do julgamento, com o parecer do Ministério Público Eleitoral, seguido pelo voto do relator, o desembargador João Alves. Era a indicação do pensamento da Corte.
Com a decisão, fica mantida a aliança do PT com o PSB, conforme homologado na convenção petista, em contraponto à orientação da direção nacional de composição com o PMDB. Obviamente ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral. O advogado Roosevelt Vita, do PMDB, já avisou: “Como consideramos que a decisão não contempla o que diz a legislação, vamos recorrer.”
O presidente do PT, Charlinton Machado, e o prefeito Luciano Cartaxo comemoraram a decisão, por entenderem “que o PT decidiu seguir com o PSB, e não caberia ao PMDB interferir nos assuntos internos do partido”. O candidato ao Senado, Lucélio Cartaxo, afirmou que a decisão da Corte vem “apenas comprovar o que já havíamos afirmado antes, da legalidade na aliança com o PSB”.
Os advogados do PMDB só esperam a publicação da decisão para recorrer ao TSE. Mas, não há um prazo estabelecido para o julgamento dessa ação. É improvável que até dia 19, quando inicia o guia eleitoral em rádio e TV a Corte já tenha se decidido em Brasília.
Votação – Votaram a favor da aliança com o PSB, pela ordem, o desembargador João Alves, além dos juízes Tércio Chaves de Moura e Eduardo José de Carvalho. Abriram divergência os juízes Silvio Porto, Breno Wanderley e Rudival Gama, que votaram contra a coligação com PSB. Coube ao desembargador Saulo Benevides, na condição de presidente da Corte, dar o voto de minerva. Final 4×3.