Triste a sina de Santa Rita: Câmara afasta prefeito e agrada governador (e Marcos Odilon)
Na semana passada, a cidade de Santa Rita estava sem água e sem luz na maioria de seus bairros. Agora, fica sem prefeito. Triste a sina da população que assiste ao descalabro de um administrador, como Reginaldo Pereira, que tinha todas condições de, se não fazer uma gestão decente, pelo menos fazer a coisa certa.
Fez tudo errado. Isso após disputar a Prefeitura por várias eleições e apresentar-se ao eleitor como um político bem intencionado. Reginaldo é acusado de fraude em licitações, falsificação de documentos, falsidade ideológica, afastamento irregular do município, nomeações irregulares, descumprimento de leis municipais, prática de nepotismo e quebra de decoro.
Afora, é claro, paralisação de vários serviços, greve de servidores e atraso de salários. Santa Rita, definitivamente, não é uma cidade de sorte. Reginaldo teve sua chance. Perdeu. Agora, a bola é do seu vice, Severino Alves. Reginaldo, apesar de ter contratado o competente Johnson Abrantes, como advogado, dificilmente voltará ao final das investigações da comissão processante. Bem feito.
Leva vantagem o governador Ricardo Coutinho, com quem Reginaldo travou uma queda de braço desde o início de sua gestão, ao recusar a nomeação de Coriolano Coutinho para uma de suas secretarias. O vice que assume tem ligações políticas com o RC. Também ganha o grupo do ex-prefeito Marcos Odilon, que fazia oposição a Reginaldo.
Votação – A votação pelo seu afastamento foi iniciada na sessão da última terça-feira (dia 18), suspensa graças a uma liminar da Justiça. Mas, a mesma Justiça derrubou a liminar, e a votação prosseguiu esta manhã. Então, com 16 votos a favor e o registro de três abstenções, a Câmara votou pela saída de Reginaldo pelo prazo de 90 dias. Prazo que poderá ser prorrogado até no máximo 180 dias.
O vice prefeito Severino Alves é quem deve assumir a função de gestor da cidade, após decreto legislativo que será encaminhado à Justiça Eleitoral. O advogado Abrantes afirmou, logo após a votação da Câmara, que aguardará a publicação para recorrer da decisão, que considerou “arbitrária e antidemocrática”.