UFPB compra produtos da Desk acusada pelo MP de fraude em licitação

Uma curiosidade tem intrigado servidores da Universidade Federal da Paraíba que, há poucos dias, acionaram o Blog para informar que a Instituição estaria recebendo um grande lote de produtos da empresa Desk. Até ai, nenhum problema. A não ser pelo fato da empresa estar no banco dos réus, em ação movida pelo Ministério Pública por suspeita de fraude em licitações.

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Uma curiosidade tem intrigado servidores da Universidade Federal da Paraíba que, há poucos dias, acionaram o Blog para informar que a Instituição estaria recebendo um grande lote de produtos da empresa Desk. Até ai, nenhum problema. A não ser pelo fato da empresa estar no banco dos réus, em ação movida pelo Ministério Pública por suspeita de fraude em licitações.

Servidores da UFPB tiveram o cuidado de registrar as caixas com as mercadorias embaladas que foram entregues na Reitoria. O Blog também teve acesso a algumas notas fiscais de compras de produtos da Desk à empresa Delta. Na verdade, as duas são irmãs siamesas: uma produz e a outra vende, conforme os autos do processo que está em julgamento pela Justiça.

Obviamente que a compra de equipamentos da Desk, junto à Delta, pela UFPB não caracteriza, em princípio, qualquer ilícito. Mas, não deixa de ser curioso que a Universidade realize este tipo de aquisição com uma empresa envolvendo com um escândalo em julgamento pela Justiça da Paraíba.

O processo – Como se sabe, o Tribunal de Justiça do Estado programou para esta terça (dia 31) julgar mais um capítulo na extensa novela do Caso Desk (processo nº 0009251-11.2013.815.2001). Trata-se dos embargos impetrados por advogados dos réus contra decisão da 4ª Câmara Civil, que anulou sentença do juiz Aluízio Bezerra. O magistrado, como sabe, havia absolvido todos os réus do processo.

A ação ajuizada pelo Ministério Público pedia condenação por improbidade administrativa de todos os apontados no escândalo, envolvendo a compra de carteiras escolares, desde a gestão de Ricardo Coutinho como prefeito de João Pessoa e depois já como governador do Estado. Caso os embargos sejam negados, os réus terão que se submeter a novo julgamento.

O Caso Desk – Começou quando, no início de 2013, o Ministério Público do Estado decidiu pedir a instauração de Ação Civil Pública contra os ex-secretários Afonso Celso Scocuglia, Francisco Sales Gaudêncio e Emília Augusta Lins Freire, acusados de direcionar licitações para a aquisição de móveis escolares. Também foram acionados os representantes das empresas Desk e Delta.

No ano passado, o juiz Aluísio Bezerra decidiu pela absolvição dos réus. Foi quando o empresário Flávio Rodolfo recorreu ao Pleno do TJ e as sentenças do magistrado foram anuladas, para um novo julgamento.

(nas imagens acima, seguem a entrega da mercadoria, seguida pelas caixas colocadas dentro do prédio da Reitoria e a terceira na sequência uma das embalagens registrada por um servidor. Na imagem abaixo, uma das notas fiscais)

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