Uma foto que viralizou, entre militantes de oposição, parece revelar que o senador Efraim Filho (UP), o ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD) e o deputado Ruy Carneiro (Podemos) estão ensaiando as premilinares de olho na eleição do próximo ano, especialmente após a desfiliação do prefeito Cícero Lucena do Progressistas.
A reunião, no Bar do Felipe (em Manaíra), aparentemente, teve o propósito de revelar sintonia entre os três, apesar dos obstáculos a serem removidos. De cara, Efraim e Pedro têm interesse em disputar o Governo em 2026. Efraim já detonou seu foguete que, segundo ele, não dá ré. Pedro tem sido mais celebrado nas pesquisas.
Uma recente reunião de Efraim com o ex-governador Cássio Cunha Lima em Brasília talvez tenha começado o processo de pavimentar caminho para um pacto com Pedro. Se Efraim estiver em melhores condições, na hora das definições, Pedro deve sair para a disputa ao Senado.
Uma situação inversa leva a uma equação mais insolúvel. Se Pedro estiver melhor, só caberá a Efraim, hoje há senador, recuar. E apoiar. O problema é que Efraim já está apalavrado com o PL de Michelle e Bolsonaro, como o candidato do agrupamento à direita. Pedro, como se sabe, tem se mostrado mais centro-direita e simpatiza, publicamente com o governador Tarcísio Freitas (Republicanos-SP).
Neste cenário, Ruy, obviamente, se apresenta mais como coadjuvante, quando se trata de disputa majoritária. Certamente vai tentar a própria reeleição. Mas, pode ser um complicador diante de sua renhida emulação com o prefeito Cícero Lucena, que tem sido cortejado por esta oposição para compor uma grande frente.
Apesar de que, a preço de hoje, Cícero está bem mais próximo do senador Veneziano Vital do Rego (MDB), que se descolou de Efraim após sua composição com o bolsonarismo. E Cícero não deixou o Progressistas para simplesmente debater candidatura ao Governo. Ele já é pré-candidato.
Então, a considerar que a base governista, liderada pelo governador João Azevedo (PSB) já tem candidato, o vice Lucas Ribeiro, talvez estejam se desenhando nessas preliminares três postulações ao Governo: Efraim/Pedro, de um lado, Cícero (com Veneziano) de outro e, finalmente, Lucas (com João).