UM MÊS APÓS CRIME (áudio) População cobra Justiça contra bandidos que assassinaram Abson em Pedras de Fogo
Moradores de Pedras de Fogo realizaram, neste sábado (dia 5), para cobrar uma rápida investigação e Justiça no caso do empresário Abson Matos de Paiva, executado com vários tiros na cabeça, dentro do seu estabelecimento comercial, há exatamente um mês, em 5 de agosto.
A manifestação concentrou-se na Praça de Eventos de Itambé, próxima à Escola Frei Orlando, e houve um deslocamento até a Praça da Conceição em Pedras de Fogo. “Queremos justiça, investigação. Independentemente de quem tenha feito ou mandado, foi um execução e as autoridades não podem permanecer omissas no caso”, cobraram parentes de Abson.
Crime – Abson Matos foi executado, em seu estabelecimento, com vários tiros, no bairro Pedra Bela, em Itambé. Ele ficou conhecido na região pelas denúncias contra o prefeito Dedé Romão (Pedras de Fogo), e seu grupo político, em programas de rádio e de TV e redes sociais, com o slogan “bomba, bomba”.
Em um dos últimos áudios, que circulou nos grupos de Whastapp, o empresário revelou que estava sendo ameaçado de morte e afirmava que não iria se intimidar.
“Não iremos nos calar, não adianta está me ameaçando de morte e mandando recado por babões, dizendo que vai calar minha boca, nem que seja no chumbo. Iremos entrar com processo de ameaça, porque é inadmissível o gestor de um município entrar em desespero e ameaçar as pessoas, que estão fiscalizando a má administração que está acontecendo no município de Pedras Fogo”, declarou.
No áudio, Abson dizia que se fosse executado, seus áudios e história ficariam circulando na cidade. “Pode até me calar na bala, como falaram, que vão estourar minha cara na bala. Mas, meus áudios e minha história vão ficar circulando na cidade”, disse.
Abson era primo do advogado Manoel Mattos também executado em 2009 por denunciar políticos e grupos de extermínio na região.
Motivação – Em entrevista a TV PBPE, o delegado de Pedras de Fogo, Paulo Martins, declarou que o assassinato do empresário Abson Matos foi praticado por motivações política. “A meu ver esse crime foi no meio político. Não estou formando opinião. Apenas eu acho que foi um crime político”, declarou.
Paulo Martins também confirmou que Abson Matos fez denúncias contra o poder público local, devido ao suposto uso de máquinas da prefeitura de Pedras de Fogo para o beneficiamento de terrenos privados: “Estamos apurando esse fato, já enviei a denúncia para o Ministério Público pedindo retorno para dar prosseguimento às investigações.”
CONFIRA O ÁUDIO…