USAR OU NÃO USAR TORNOZELEIRA… Gilmar Mendes nega aos demais membros da Orcrim decisão que beneficiou Ricardo Coutinho
… Eis a questão. Já havia sido muito curiosa a decisão do ministro Gilmar Mendes (Supremo Tribunal Federal), de mandar retirar a tornozeleira do ex Ricardo Coutinho, com base em relatório de seus advogados argumentando que ele estava correndo risco de contrair Covid-19 (!!!…) por conta de supostos defeitos registrados no aparelho rastreador.
Mas, se o humanitário ministro Gilmar Mendes ficou comovido com o sofrimento de Ricardo Coutinho, o mesmo não se pode dizer em relação aos demais integrantes da organização criminosa desbaratada pela Operação Calvário e que também estão usando tornozeleira. Ao ser acionado para estender sua decisão aos demais, Gilmar simplesmente… negou!
No caso de Ricardo Coutinho, ele despachou (5 de agosto): “Ante o exposto (questão da Covid), defiro o pedido liminar para suspender a providência cautelar de monitoramento eletrônico até o julgamento do mérito do presente habeas corpus. Comunique-se com urgência.”
No caso dos demais integrantes, foi igualmente curto e grosso (10 de agosto): “Considerando que o pedido liminar foi deferido em favor do paciente com base em circunstâncias peculiares e ligadas às suas condições de saúde, indefiro o pedido de extensão da requerente.” Ou seja, negou.
Tornozelados – Passaram a usar tornozeleira, em fevereiro deste ano, por determinação do desembargador Ricardo Vital, além de Ricardo Coutinho (que agora está livre), Bruno Miguel Teixeira de Avelar Pereira Caldas, Cláudia Veras, Coriolano Coutinho, David Clemente Monteiro Correia, Francisco das Chagas Ferreira, Gilberto Carneiro e a prefeita Márcia Lucena.