VIOLÊNCIA NA CALVÁRIO Histórico de agressões e ameaças de morte levaram delatores a temerem Coriolano
Essa era uma faceta que vinha passando praticamente despercebida. Até agora. Mas, eis que a mídia nacional descobriu o “histórico de violência” da família Vieira Coutinho, muito especialmente Coriolano (irmão de Ricardo) Coutinho. Há informações de que Coriolano, além de ter o controle de parte do aparelho de Segurança Pública do Estado, também patrocinou, pessoalmente, atos até de agressão física.
Segundo a revista Crusoé (http://bit.ly/3apCGFi), um dos motivos para o Tribunal de Justiça decretar a prisão de Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, foi seu histórico: “atos de violência e também pelo domínio que exerce sobre as forças policiais estaduais“.
E ainda, segundo delação do lobista Daniel Gomes da Silva, “o grupo liderado pelos irmão Coutinho, responsável pelo desvio de centenas de milhões dos cofres públicos, chegou até a contratar uma empresa de inteligência e contrainteligência (TrueSafety) para produzir dossiês contra seus adversários.” E havia temor de que Coriolano pudesse usar esses instrumentos contra delatores.
Além do histórico de agressões, Coriolano foi preso na Operação Calvário 7 por encabeçar, ao lado de Ricardo Coutinho, o núcleo político da organização criminosa, desbaratada pelo Gaeco, e que teria desviado, apenas em contratos com a Cruz Vermelha gaúcha, mais de R$ 130 milhões em forma de propinas.
Episódio – A revista registra, inclusive, um episódio registrado em 2010, quando houve o furto de uma garrafa de vinho e alguns ovos numa propriedade de Ricardo. “Apontado como suspeito, um cidadão da região, conhecido como João Caboclo, procurou as autoridades após o ocorrido. Ele contou à polícia que foi agredido e ameaçado de morte por Coriolano“, diz a revista.
Diz o relatório policial da ocorrência: “Coriolano, estando acompanhado de Josias e mais dois homens desconhecidos, o levaram a um determinado lugar (…) onde foi agredido fisicamente por aquele, a fim de obter confissão por parte da vítima, de ter sido o autor do arrombamento de propriedade do Sr. Ricardo Coutinho, de onde foi subtraído algumas garrafas de vinho e alguns ovos de galinha, além de ameaças de morte, cuja consumação se daria quando seus agressores retornassem a propriedade.”