‘VIOLÊNCIA POLÍTICA” NO PT Anísio tacha Ricardo Coutinho de “candidato do tapetão”, fala em chantagem e anuncia ação da municipal contra intervenção
O deputado Anísio Maia, pré-candidato do PT à prefeitura de João Pessoa, disse que a intervenção da direção nacional a pedido do “candidato do tapetão” representou uma “violência política inaceitável”. Por conta disso, a municipal do partido deve ingressar na Justiça, para manter a decisão da convenção desta quarta (dia 16), quando foi homologada a chapa integrada pelo próprio Anísio e Percival Henrique (PCdoB).
“Se eles querem judicializar, nós vamos judicializar”, pontuou Anísio, lembrando que, “na eleição de 2014, quando o PMDB de Vital do Rego tentou, também através do Diretório Nacional intervir na Paraíba, nós fomos à Justiça e vencemos, e vamos vencer novamente agora”. A ação deve ser protocolada pela direção municipal do partido “ainda hoje (quinta-feira)”, conforme revelou o deputado e pré-candidato.
Para Anísio, como já afirmou também o deputado Frei Anastácio, o ex-governador “quer usar o partido interessado apenas no tempo de guia eleitoral, pois ele foi convidado diversas vezes a conversar com o PT, mas recusou e continuou fazendo chantagem a nível nacional com o PT”. Ainda segundo Anísio, “Ricardo Coutinho não tem a menor condição de ser candidato, de concorrer nessas eleições, e toda a Paraíba sabe porquê”.
Municipal – Segundo Giucélia Figueiredo, presidente municipal, “o PT de João Pessoa realizou sua convenção, onde foi homologada a nossa chapa proporcional e majoritária tendo o deputado Anísio Maia candidato a prefeito e o Percival Henriques candidato a vice. A ata da convenção já encontra-se devidamente registrada no TRE.” E arrematou: “Vamos para campanha.”
Contra ação – O ex-presidente do T, Charlinton Machado, posicionou-se em redes sociais na manhã desta quinta, afirmando: “Aliança majoritária deve ser construída nos alicerces do diálogo, da convergência programática e ideias. Ações intervencionistas fortalecem a burocratização partidária e o personalismo. Sou filiado no PT há 33 anos, não posso aceitar esse tipo de postura do meu partido.”