Violência sem fim: mais seis são assassinados em João Pessoa
Na Paraíba dos tempos republicanos os fatos insistem em enfrentar o discurso. Há poucos dias, o secretário Cláudio Lima (Segurança), ao rebater críticas do senador Cássio Cunha Lima e do ex-prefeito Veneziano ao aumento da violência, afirmou que o Governo havia conseguido reduzir o número de homicídios no Estado. Então…
Em menos de 24 horas, mais seis pessoas foram assassinadas. Três na Praia de Seixas, duas no Alto Mateus e mais uma em Odilândia (Santa Rita). As estatísticas na Paraíba passaram a ser em lotes de pessoas, lamentavelmente. Foi nessa pisada que a Paraíba se tornou o quarto Estado mais violento do País, conforme estatísticas dos Ministérios da Justiça e da Saúde.
Já a cidade de João Pessoa passou, nos últimos três anos, de 29º para 10º, há dois anos, e depois para 9º (em 2013) no ranking das 50 cidades mais violentas do mundo, conforme estudo divulgado recentemente pela ONG mexicana Consejo Ciudadano para la Seguridad Pública y la Justicia Penal (Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, do México).
Segundo a ONG, a cidade atingiu uma taxa de 66.92 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, ao longo de 2013. No ano anterior, essa taxa alcançava 71.59. Há três anos, era de 48,64 mortes por grupo de 100 mil pessoas. O outro detalhe foi o ingresso de Campina Grande no ranking das 50 mais violentas do mundo. A cidade apresentou uma taxa de 46 mortes por grupo de 100 mil habitantes.
Comparação – Há poucos dias, em entrevista à CBN, o secretário Cláudio Lima afirmou que a curva de violência está diminuindo na Paraíba. E, rebatendo críticas de Cássio e Veneziano, insinuou a necessidade de comparar os governos de RC, Zé Maranhão e Cássio.
Em certo momento da entrevista, ele afirmou: “Anteriormente não existia nenhuma contagem da violência na Paraíba, nenhuma estatística. Para termos um retrato da violência tivemos que fazer uma operação para saber o número de homicídios nos últimos anos. Não tem como comparar com as outras gestões, pois não existiam números”.