Violência sem fim: TCE aponta carência de 8,7 mil policiais na Paraíba mas governador não nomeia concursados
O governador Ricardo Coutinho, como se sabe, vem resistindo em nomear os concursados da Policia Militar, apesar de ter jurado durante a eleição que iria nomear pelo menos cinco mil novos policiais. E, apesar da violência crescente no Estado, não fez as nomeações. Pior: levantamento do Tribunal de Contas do Estado mostra uma defasagem de pelo menos 8,7 mil policiais no Estado.
E são dados do final de 2015. Então, os números devem ser maiores. Segundo os dados do Sistema Sagres, do TCE, a Polícia Militar contava com um efetivo de aproximadamente 9,2 mil homens. Ora, a Lei Complementar 87/2008, que dispõe sobre a organização estrutural e funcional da PM fixa, no Art. 51, o efetivo da corporação em 17.933 policiais militares.
Com isso, a dados de hoje, teríamos uma defasagem de pelo menos 8,7 mil policiais, de acordo com estimativas definidas em 1987. Se consideramos que a população da Paraíba aumentou consideravelmente nesse período e também a criminalidade, é de se presumir que o efetivo deveria ser até superior aos 17.933 previstos na Lei.
Futuro sombrio – Ainda segundo os dados publicados no Sagres, sem convocar os aprovados no mais recente concurso para a Segurança Pública, até o ano de 2018, a realidade será ainda mais assustadora, com efetivo de aproximadamente 7,5 mil homens.