Vital nega pressão por ministério mas diz que PMDB precisa saber sua importância
Esta quarta-feira (dia 15) iniciou com desdobramentos em relação ao futuro do senador Vital do Rego no Governo Dilma. Com reunião marcada para esta noite em Brasília, a cúpula peemedebista decidiu recorrer ao ex-presidente Lula, e tentar evitar um afastamento do partido da base aliada, caso a presidente se negue a ampliar seus espaços (leia-se ministérios) no Governo.
Setores do partido defendem a antecipação da convenção nacional, para deliberar se permanece ou não no apoio à reeleição da presidente Dilma. Em outra frente, o senador Vital pontuou, em entrevista ao jornal Estadão, que o PMDB “tem a necessidade de saber a sua real importância nesse processo político”. Ou seja, a corda começa de fato a esticar na relação entre PMDB e Palácio do Planalto.
O caso tem desdobramentos com a Paraíba, segundo o presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp (RO). Ele admite crise de relacionamento entre PMDB e PT em São Paulo, Rio de Janeiro (onde o paraibano Lindbergh Farias deve disputar o Governo pelo PT), Ceará, Pernambuco, Maranhão, Rondônia, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e, obviamente, Paraíba.
Entrevista de Vital – Confira a entrevista do senador Vital ao repórter João Domingos, do Estadão:
“O senhor foi avisado de que dificilmente vai para a Integração Nacional?
Não, não fui.
O fato de seu nome estar circulando desde setembro como ministro indicado o prejudicou?
Há quase quatro meses o meu nome circula. Houve exposição, é claro. Mas eu, graças a Deus, tenho no Congresso uma relação muito confortável. Se o partido estiver presente na reforma ministerial, já tem meu nome indicado. Quando a presidente marcou a reforma para janeiro, mantivemos o nome. Mas ela resistiu a aumentar o espaço do partido na reforma. O que eu tenho de informação do presidente Michel Temer é que não foi discutido o ministério, mas sim o aumento do número de ministros do PMDB. Ela citou as dificuldades que tem para ampliar. Mas em todos os momentos colocou que era uma posição preliminar. Primeiro ia discutir com outros partidos, até o fim do mês. Aí ela vai chegar à reforma.
O senhor ficou magoado com a demora da presidente?
Não. Não tenho nenhuma dificuldade em entender que a presidente tem a hora dela para decidir. Como o meu partido tem a necessidade de saber a sua real importância nesse processo político.
Há uma crise entre governo e PMDB por causa da recusa da presidente em aumentar o espaço do partido no governo?
Desde que houve o processo de transferência de datas da definição do ministério o PMDB espera pelo anúncio da presidente sobre o tamanho que lhe caberia na reforma. Talvez a partir de amanhã (hoje), quando as lideranças se reunirem, a gente tenha um termômetro sobre o clima no partido.”
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