Yes, nós também temos furacão. Geddel, Joesley e Palocci devastam a política brasileira
Não é apenas os Estados Unidos que enfrentam uma temporada devastadora de furacões, tipo Harley, Irma ou José. O Brasil tem a sua leva de grandes furacões, e atendem pelo nome de Geddel de Vieira Lima, Joesley Safadão, perdão, Batista, e Antônio Palocci. Todos eles, em menor ou maior grau, com um alto poder de destruição, assolaram a política brasileira nos últimos dias.
Geddel abriu a temporada dos maiores furacões, com aquela fortuna de R$ 51 milhões, que a Polícia Federal encontrou em apartamento alugado por ele. É até possível que ele tenha acumulado essa fortuna a ele atribuída vendendo acarajés ou colocando moedinhas em seu mealheiro suíno. Suíno o apelido que ele ganhou na universidade em Brasília, quando estudava com Renato Russo. Olha só que ironia.
Joesley imaginou que estava acima do bem e do mal e chegou a se descuidar das próprias gravações e entregou áudios explosivos à Polícia Federal, delatando a si próprio e devastando a reputação do moribundo procurador Rodrigo Janot. De quebra, fez graça com os ministros do Supremo Tribunal Federal, com insinuações pra lá de imprópria com a presidente Carmem Lúcia.
Palocci causou estragos colossais ao seu amigo de mais de 30 anos, o ex-presidente Lula, que já vem tentando se recuperar de outros tornados, e volta para a UTI. As declarações de Palocci, pela sincronia com outras delações, foi acachapante e, certamente, pode complicar muito, não apenas Lula, mas também Dilma. Palocci era tudo o que o PT não precisava neste momento.
Ou seja, o Brasil tem também a sua temporada de furacões. E o brasileiro fica a imaginar quando todo esse pesadelo de escândalos vai finalmente acabar. E se sobrará algum pedaço decente de País depois que tudo isso passar.