Cássio estreia como líder e critica mensagem da presidente Dilma citando Petrobrás
O senador Cássio Cunha Lima estreou esta terça (dia 3), como líder do PSDB no Senado Federal. E fez sua estreia criticando a mensagem da presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional, na abertura dos trabalhos legislativos. Cássio considerou “uma afronta ao povo brasileiro e ao próprio Parlamento” a presidente citar a Petrobrás como exemplo de eficiência administrativa.
“Ao que parece, esse Governo está completamente deslocado da realidade, pois o País todo vem acompanhando, com essa escalada de escândalos envolvendo a Petrobrás, investigado pela Polícia Federal. E nada pior para o Pais do que ter um governo que se desloca da realidade, e não assume suas responsabilidades”, pontuou o senador tucano.
O detalhe é que a presidente Dilma não compareceu ao Senado, para fazer a leitura da mensagem, o que motivou mais crítica do senador Cássio: “Dilma explicitou sua insatisfação com o Congresso fazendo beicinho e dizendo: ‘perdi, não vou!’. Na Inglaterra, a rainha Elizabeth escolhe a sua mais vistosa coroa para ir ao Parlamento, num gesto de respeito. Aqui, a presidente Dilma prefere hostilizar o Senado.”
O escândalo – O detalhe é que, nesta terça, o consultor Julio Camargo afirmou em depoimento prestado ao juiz Sérgio Moro e a procuradores do Ministério Público Federal (em Curitiba-PR), no âmbito da Operação Lava Jato, que pagou R$ 12 milhões de propina ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque e ao ex-gerente da estatal Pedro Barusco. “Só a presidente não vê os escândalos que estão ocorrendo”, acrescentou Cássio.
Também nesta segunda-feira, a Polícia Federal do Paraná recebeu documentos que comprovariam o pagamento de propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque. O material foi entregue à polícia pelo empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, dono da Setal Engenharia e um dos delatores do esquema de corrupção na estatal.