Deputado lamenta tentativa do Governo em maquiar números da violência
A polêmica dos últimos dias tem sido sem dúvida a escalada de violência no Estado. De um lado, a veiculação de números cada vez mais preocupantes sobre a criminalidade. De outro, o Governo sustentando que tem conseguido reduzir a violência na Paraíba. Mas, há quem pense que, na verdade, o Governo está maquiando as informações para ludibriar a opinião pública.
É o caso do deputado João Henrique (DEM) que, em pronunciamento na Assembleia, esta segunda (dia 7), lamentou a tentativa do Governo “em maquiar os números da violência no período mais sangrento do ano até agora, que foi a Semana Santa”. Para o parlamentar, diferente do que o Governo apregoa, “a violência cresce assustadoramente e se acentua ainda mais na Capital paraibana”.
Segundo João Henrique, os agentes de segurança pública, seja das Polícias Militar e Civil, até tentam cumprir seus deveres, mas não conseguem. “O mais grave é que, enquanto a Secretaria de Segurança Pública informa um número, o Comando da Polícia Militar informa outro completamente diferente sobre os números da violência durante a Semana Santa”, afirmou.
E complementou: “O Governo fala em 24 assassinatos, mas o levantamento feito pela Polícia Militar mostra 40 homicídios exatamente no mesmo período, e só ai há diferença de 16 mortes. Já a mídia, por sua vez, contabiliza que o número se aproxima de 50 homicídios ocorridos nesses dias da Semana Santa, e isso me deixa realmente muito preocupado, porque está claro o aumento descontrolado da violência.”
Estatísticas – Segundo dados da ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, em 2011, quando RC assumiu o Estado, João Pessoa era “apenas” 29º lugar, no ranking das cidades mais violentas do mundo. O índice de assassinatos indicava 48.64 homicídios por grupo de 100 mil pessoas.
Em 2013, a cidade saltou para 10º lugar no ranking, e seu índice foi a 71.59 assassinatos por grupo de 100 mil. Em 2014, o que era ruim, piorou. João Pessoa foi ao 4º posto no ranking, apresentando já um índice de 79.41 mortes por grupo de 100 mil paraibanos.