SALDO DA CALVÁRIO 11/12 Orcrim desviou R$ 15,2 milhões em propina apenas numa compra de livros, aponta Gaeco
Mais revelações surgem, em decorrência da Operação Calvário 11ª e 12ª (A Origem), depois que a juíza Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz (1ª Vara Criminal) acatou denúncia do Gaeco contra Ricardo Coutinho, seu irmão Coriolano Coutinho (preso) e mais 14 pessoas. A magistrada determinou a quebra do sigilo da denúncia. Então, as informações ganharam publicidade.
Uma das revelações mais surpreendentes foi a que, em apenas numa compra de livros, com dispensa de licitação, foram pagos R$ 76 milhões (em 40 contratos), dos quais R$ 15,2 milhões viraram… propina. O correspondente a 20% da operação. O caso tem um ABC completo de como desviar dinheiro público para enriquecer integrantes da organização criminosa desbaratada pelo Gaeco.
Diz despacho da magistrada: “O dinheiro ilícito capturado por seus operadores financeiros ganhou múltiplos destinos. O originário da Grafset (uma das fornecedoras), para dar apenas alguns exemplos, foi consumido pelo líder Ricardo Coutinho, separado para comprar (mas não usado), na reeleição de 2014, o apoio político do PMDB… para enriquecer seus agentes, como Ivan Burity, Edvaldo Rosas e Gilberto Carneiro, como também para beneficiar Leandro Azevedo, entre outras finalidades.”