TEM GENTE INDAGANDO… Será que Veneziano ao impor Maísa na vice e estreitar laço com Lula não deixou a “ricardodependência”?
As mais recentes movimentações do senador candidato Veneziano Vital do Rego (MDB) parecem, de fato, traduzir, meu caro Paiakan, o que se indaga nos bastidores emedebistas: será que Vené saiu da ricardodependência, digamos assim, e sua campanha se pauta agora apenas na dependência do presidenciável Lula?
Quando o processo todo se iniciou de diálogo entre MDB e PT, era notório o quanto Ricardo Coutinho teve influência na definição da candidatura de Veneziano. Por várias razões. Uma delas, sua relação estreita com Lula, e, depois, obviamente, sua rejeição a uma eventual candidatura de Luciano Cartaxo ao governo.
Ora, Luciano poderia vencer ou perder. É do jogo democrático. Se vencesse, Cartaxo se colocaria muito maior do que Ricardo Coutinho no cenário mais à esquerda. Se perdesse, seria, ainda assim, um candidato em potencial para a disputa da prefeitura de João Pessoal, no jogo eleitoral de 2024.
Então, Ricardo Coutinho praticamente bancou, junto a Lula e à cúpula nacional do PT, a candidatura de Veneziano, por ser, está claro, muito conveniente. E tanto se achava forte na parada, que tentou impor o candidato a vice. Preferencialmente Márcia Lucena. Aí, Veneziano foi se socorrer da direção nacional…
E lá conseguiu apoio para escolher Maísa Cartaxo, contrariando desejo de Ricardo Coutinho. A manobra não foi bem assimilada pelo ex-governador. Tanto que alguns observadores mais atentos da seara de Veneziano perceberam como ele retirou o V, deixando apenas o L (de Lula), nas suas belas imagens postadas na Internet.
JÁ FOI ASSIM…
Ao conseguiu emplacar a vice, além de trazer Lula para o palanque, Veneziano se fortaleceu e, foi, neste instante, que, certamente, deixou de ser dependente de Ricardo Coutinho.
Ele até segue defendendo a candidatura (inelegível) de Ricardo Coutinho, muito mais por dever de ofício e, certamente, pela capilaridade que o ex-governador ainda tem em alguns bolsões.
Mas, provavelmente também sabe que, ao iniciar a disputa de 2020, pesquisas indicavam que Ricardo Coutinho iria (“fácil”, segundo seus assessores) para um segundo turno, inclusive contra Cícero Lucena. Falavam até uma disputa tira-teima entre os dois. O deu no que deu: ele terminou num girassoláico e merencório sexto lugar.
E também tem gente que não esquece de uma postagem de sua esposa, Amanda Rodrigues, tachando Veneziano de “a falsidade em pessoa”. Talvez tenha sido algo pessoal de Amanda, e é possível, meu caro Paiakan, mas sempre tem quem acredite que pode ser um assunto de domínio familiar…