Os deputados paraibanos Cabo Gilberto (PL), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Hugo Motta (Republicanos) estão no epicentro de um pequeno tsunami na Câmara com a indicação de Eduardo Bolsonaro para presidir Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional
Por um acordo anterior, o comando da Comissão seria do PL, por ter a maior bancada, mas Lindbergh critica a eventual indicação, afirmando que o posto é a representação do parlamento brasileiro para o mundo e que se torna “uma questão de soberania nacional”.
E ainda: “Eduardo Bolsonaro na presidência da Comissão é reforçar uma articulação de constrangimento do STF. Em especial do ministro Alexandre de Moraes. Não é uma questão do PT só, é uma questão da Casa.”
Cabo Gilberto rebateu: “Eduardo Bolsonaro está sendo perseguido pelo consórcio Lula supremo. Antes era alvo de piadas com suas viagens para os EUA, agora com os resultados em defesa da nossa democracia, estão até querendo prender seu passaporte.”
Para o Cabo Gilberto, não vai adiantar o PL de Lindbergh reagir contra, porque o seu partido, sendo majoritário, “não vai abrir mão da indicação de Eduardo”. E recomendou ao deputado petista procurar se acalmar.
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a legenda não irá recuar e que insistirá em um acordo fechado antes da eleição legislativa. Trata-se de um impasse para o deputado Hugo Motta (Republicanos) resolver.
Mas, o presidente Hugo Motta já antecipou: “Não tem como barrar Eduardo Bolsonaro na Comissão de Relações Exteriores.” Hugo também negou que a indicação de Eduardo crie embaraços na relação da Casa com o Supremo Tribunal Federal: “Eu não acredito que seja uma crise, porque essa distribuição das comissões pelos partidos é uma coisa conhecida de todos.”
