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Lei contra corrupção: o Congresso é mesmo muito hediondo

Depois da colossal batida de pino da Câmara Federal no caso da PEC 37, eis que o Senado, pra não ficar atrás, também fez seu teatrinho. Sem praticamente qualquer discussão, os senadores aprovaram projeto de lei caracterizando a corrupção como crime hediondo. Votaram a favor até alguns deles envolvidos em episódios de corrupção no passado.

O projeto vinha tramitando… há dois anos no Senado, sem que os parlamentares se interessassem por sua apreciação. Num passe de mágica, os senhores senadores cravaram sua aprovação. Pelo que se divulgou, foi para atender um pedido da presidente Dilma. Que, ao longo desses dois últimos anos, poderia ter feito o pedido e, pelo visto, não fez.

Tudo teatro. Os senhores senadores aprovaram rapidinho, porque estão com medo. Com medo do futuro de seus mandatos. Com medo da guilhotina que os protestos levaram às ruas. Eles continuam seguindo a cartilha da maior hipocrisia do mundo.


Onda de protestos: Cássio culpa PT (de Lula e Dilma) pela crise no País

O senador Cássio Cunha Lima definitivamente não é mais aquele que, em 2002 e 2006, armou um palanque separado do PSDB, na Paraíba, somente para votar no ex-presidente Lula. Durante pronunciamento, última terça (dia 25), no Senado, Cássio responsabilizou o PT (de Lula e Dilma) pela crise pela qual o Brasil passa.

Sem meias palavras, afirmou: “Os brasileiros já não suportam mais esse Estado perdulário, inchado, incapaz, incompetente, que não consegue responder às demandas do dia a dia, do cotidiano das pessoas em educação, segurança, transporte, saúde e tudo porque, essencialmente, deixou de ter um projeto de país para construir um projeto de poder.”

Adiante, foi mais incisivo: “Parte da crise que estamos vivendo tem uma origem nítida no modus operandi, na forma como o PT vem praticando a política no nosso País.”


PEC 37: a maior hipocrisia do mundo

Sempre tão intrépidos e alheios aos interesses da população, eles finalmente demonstraram que têm medo. Foi certamente o pino mais vergonhoso que já se bateu no Brasil e, com certeza, o maior retrato da hipocrisia da classe política brasileira. Afinal, uma semana antes dos protestos, a PEC 37 tinha maioria folgada para ser aprovada, mas…

… Bastou o povo ir às ruas, e a maioria murchou para uma mixuruca minoria de apenas nove “heroicos” deputados. De repente, parlamentares que, antes, defendiam com tanto ardor a PEC 37, passaram a pregar contra a sua aprovação. Uma demonstração circense, aliás, nem tão rara abaixo na linha do equador. Mas, certamente foi um espetáculo deprimente.


Fogueira amiga: cassistas detonam São João de Romero

Durou pouco o casamento matuto da base aliada do senador Cássio Cunha Lima em Campina Grande. Primeiro foi vereadora Ivonete Ludgério, líder do prefeito Romero Rodrigues na Câmara. Ela criticou duramente o Maior São João do Mundo, afirmando que a festa está ”desplugada” da população, e citou críticas de turistas que visitam Campina Grande.

Nem bem o foguetório assentou, foi a vez do secretário Manuel Ludgério (Articulação Municipal), esposo da vereadora, engrossar a canjica, e externar sua “tristeza e decepção, com o desleixo em que Prefeitura tratou a organização dos festejos juninos em São José da Mata. Chegou a hora de esta terra ser livre. Prefeito Romero, vice Ronaldo, São José não merece esta falta de atenção”.

Na verdade, o Maior São do Mundo deste ano tem sido marcado por polêmicas, desde o seu início.


Após onda de protestos: PT e PMDB estremecem relações

É provável que a longevidade da aliança do PT com o PMDB esteja com os dias contados, a partir das posições adotadas pela presidente Dilma, em seu pronunciamento do final de semana. É o que imagina o cientista político Flávio Lúcio, para quem “o casamento de conveniências entre PT e PMDB deve começar a entrar em crise”.

Sua lógica se pauta na observação de que o PMDB, além de outros partidos de viés conservador, tem resistido a mudanças mais profundas no País, como é o caso, por exemplo, da reforma política. Com a ofensiva do final de semana, a presidente Dilma sinaliza para reformas, que talvez partidos com o PMDB não esteja dispostos a apoiar.

No mínimo, PT e PMDB vão precisar, como se diz, discutir a relação. Confira na íntegra…


Planalto avisa governadores e prefeitos: quem tiver escândalos cuide de resolver

Pesquisa Ibope divulgada, no último domingo pelo Fantástico, revela qual “energia” (no dizer da presidente Dilma) mobilizou os brasileiros em protestos pelo País agora. Disparado, o que tem mais incomodado aos brasileiros tem sido, primeiro, a precariedade dos transportes públicos (37,6%), seguido de perto pelo item da corrupção (29,9%).

Para a questão dos transportes, o Palácio do Planalto firmou o pacto, que vai liberar uma verba adicional de R$ 50 bilhões, para o ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades) administrar em programas de mobilidade social. Mas, no quesito da corrupção, o recado do Planalto foi claro a prefeito e governadores: “Quem tiver escândalos, cuide de resolver!”

Não se detalhou, é claro, mas os escândalos que mais mobilizaram os paraibanos, nos últimos tempos, foram o caso da SP Alimentação, a desapropriação de Cuiá, o Jampa Digital, o gari milionário, a gastança da Granja Santana (mais de 17 toneladas de carne, lagosta e camarão e papel higiênico a R$ 60), além do uso do avião do Estado pela primeira-dama, Pâmela Bório.


O dia seguinte: Cartaxo anuncia início de obras do VLT em setembro

É possível que as obras de instalação dos chamados VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) se iniciem ainda este ano. Foi o que antecipou o prefeito Luciano Cartaxo: “Posso assegurar que o projeto de instalação dos VLTs em João Pessoa vai sair do papel ainda este ano, porque todos os embaraços técnicos já foram devidamente superados.”

Ainda segundo o prefeito, “os veículos, inclusive, já se encontram em fase de montagem, em Barbalha (CE), com previsão de entrega em maio do próximo ano”. A obra foi confirmada pelo ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades), durante reunião em Brasília com a presidente Dilma, da qual participaram prefeitos e governadores de todo País.


Protestos voltam na 4ª e vão terminar em frente a Palácio, TJ e Assembleia

Os paraibanos prometem voltar às ruas, na próxima quarta-feira (dia 26). O novo protesto está sendo convocado para iniciar no Lyceu Paraibano e, de lá, seguir para a Praça dos Três Poderes. O principal mote, agora, não será mais a passagem livre, porém uma mobilização contra as famosas PECs 37 e 33, que tramitam no Congresso.

O movimento promete encerra a manifestação na Praça dos Três Poderes, sinal de que, desta vez, o protesto bate realmente à porte do Governo do Estado, da Assembleia e do Tribunal de Justiça. Há a previsão, inclusive, de um ato público, no local, contra os deputados que, recentemente, aprovaram o veto do governador a MP 204, que tratava do aumento do funcionalismo.


Onda de protestos: teoria de golpe ganha combustível com pesquisa Datafolha

Começaram a pintar na os primeiros sinais de que os protestos que sacodem o País podem ter um objetivo oculto. O dragão mostrou o rabo com reportagem da Folha de São Paulo, divulgando pesquisa realizada entre manifestantes, sobre a corrida presidencial. E a surpresa foi a liderança do ministro Joaquim Barbosa, que sequer é candidato. Pelo menos até onde se sabe.

Diz a reportagem: “Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (21) pela “Folha de S. Paulo” mostra que Joaquim Barbosa, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), aparece como o preferido dos manifestantes paulistanos para suceder Dilma Rousseff, mesmo não figurando na lista de pré-candidatos ao Palácio do Planalto.”


“Só agenda positiva no Congresso evita onda de protestos”, diz deputado

Há muitas interpretações para a onda de protestos que tem sacudido o Brasil. Alguns parlamentares, como o deputado Ruy Carneiro, entendem que as manifestações só deverão cessar, depois que o Congresso instalar uma agenda positiva para o País: “O parlamento precisa ouvir o Brasil, precisa compreender que esse movimento também é contra sua paralisia.”

Além, é claro, de alguns equívocos: “A PEC 37, por exemplo, vai claramente na contramão da opinião pública nacional, e o parlamento precisa estar atento. Quando defendi o fim do pagamento dos 14º e 15º salários enfrentei resistência de alguns colegas, exatamente porque muitos ainda se comportam como se não interessasse o que pensam os brasileiros.”