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A paralisação dos funcionários da Universidade Estadual da Paraíba se tornou um impasse de difícil solução. De um lado, os funcionários cobram uma reposição salarial de 17%, melhores condições de trabalho, infraestrutura e a autonomia. De outro, o reitor Rangel Júnior diz não haver condições materiais para a concessão do aumento, nem o atendimento das demais reivindicações.

Para coroar, o governador Ricardo Coutinho afirma, categoricamente, que não irá “repassar nem mais um centavo do que o Estado já coloca na Universidade”. Ele alega que não pode aumentar os repasses do Estado. Ou seja, não há saída. Foi em síntese o que aconteceu nesse dia de manifestação dos funcionários na Assembleia, e das declarações fornecidas pelo reitor e pelo governador.

O impasse levou os deputados a cobrarem uma posição do Governo, para encerrar a paralisação, iniciada em fevereiro. Na próxima terça, haverá uma sessão especial para discutir o problema.

Durante passagem pelo Cariri, o ex-prefeito Veneziano acusou o governador Ricardo Coutinho de se apropriar de obras federais, assumindo como se fossem de seu Governo: “O governador deveria ter, pelo menos, a humildade de dizer que foi ao Cariri para anunciar iniciativas de saneamento que são do Governo Federal, através da Funasa.”

Disse o peemedebista: “Na ausência de ações próprias, o Governo RC tem se apropriado de ações do Governo Federal para tentar criar uma imagem de que tem atuado para minimizar os efeitos da estiagem. O que ele tem feito é pura e simples cortesia com o chapéu alheio, tem se aproveitado das ações federais para fazer, simplesmente, política.”

O ex-prefeito Luciano Agra corre o risco de ter suas contas rejeitadas pela Câmara de João Pessoa, por iniciativa do vereador Renato Martins (PSB), líder da oposição na Casa e aliado do governador Ricardo Coutinho. O parlamentar socialista alega que o Ministério Público do TCE foi desfavorável à aprovação das contas de Agra.

“Nós queremos fazer esse debate, inclusive convocando a procuradora (do TCE), Elvira Samara de Oliveira, que apresentou o parecer contrário à aprovação das contas do ex-prefeito por irregularidades”, afirmou o vereador. Caso Agra tenha as contas rejeitadas, será enquadrado na Lei da Ficha Limpa, e não poderá concorrer às eleições de 2014.

Após várias denúncias na Imprensa, o caso do “gato” da Energisa desembarcou na Assembleia. O deputado Trócolli Júnior decidiu cobrar do Ministério Público “uma apuração rigorosa, diante das denúncias, inclusive documentadas, que são graves da prática de fraude por parte da empresa para ludibriar o consumidor paraibano”.

Trócolli lembra que “foram os próprios funcionários da empresa, que vieram a público denunciar a prática do chamado fio preto, em que eles, atendendo ordens superiores, eles simulam uma espécie de gato na rede elétrica do cidadão, para poder cobrar multas, e isso é muito grave”. O deputado cobrou uma investigação “rigorosa”.

Os professores da rede estadual de ensino paralisam suas atividades, por 48 horas, a partir desta quinta-feira (dia 14). Com isso, cerca de 400 mil alunos de todo o Estado deverão ficar sem aulas. Segundo o Sintep (Sindicato da categoria), a paralisação é um protesto contra o Governo Ricardo Coutinho, por insistir “em desrespeitar os trabalhadores em educação”.

“A educação na Paraíba não pode ser um objeto manipulado ao bel prazer de um gestor egocêntrico e autoritário. Basta de desmandos”, diz nota distribuída pelo Sindicato. Segundo o Sintep, o Governo publicou no Diário Oficial do Estado, em 27 de janeiro, as tabelas de remuneração, com vencimentos diferenciados entre algumas categorias, em descumprimento com o Plano de Cargos.

Não fora a reportagem da TV Paraíba, em Campina Grande, seria difícil acreditar. Mas, a verdade é que alunos da rede estadual estão sendo obrigados a comprar o fardamento escolar, porque, até o momento, a Secretaria de Educação do Estado não forneceu para os alunos. Os estudantes estão pagando R$ 15 por uma camiseta padronizada para entrar m sala de aula.

Na reportagem, alunos da tradicional escola Raul Córdula, em Campina Grande, só precisam atravessar a rua para ter acesso ao fardamento… pago. Como o fardamento não foi distribuído pelo Estado, se estabeleceu um comércio paralelo, lucrativo inclusive, de empresas que fabricam o material e oferecem aos alunos, que são levados a comprar para poder estudar.

Ruídos na Câmara

Antenas do prefeito Luciano Cartaxo andaram captando estranhos ruídos na Câmara, supostamente produzidos pelos vereadores Benilton Lucena, Raoni Mendes, Bruno Farias e Raíssa Lacerda. Eles esperavam ser mais prestigiados pelo prefeito…

Caiu na rede

As declarações do deputado Anísio Maia, acusando o superintendente da Pesca na Paraíba, Samuel Lemos, de transformar o órgão em comitê político azedou ainda mais a relação com o pastor e deputado Jutahy Meneses. Ele mordeu a isca…

Já foi melhor a relação entre os deputados Anísio Maia e Jutahy Meneses, o pastor. E olha que Jutahy assumiu a Assembleia, ano passado, por uma deferência de Anísio, que se licenciou para coordenar a campanha de Luciano Cartaxo. Naquela oportunidade, o PRB de Jutahy anunciou apoio a Cartaxo e os dois trocavam amabilidades.

Mas, as amabilidades se transformaram rapidamente em hostilidades, sobretudo depois que o pastor assumiu o mandato em definitivo com a vitória de Cartaxo. A primeira delas foi se queixar que o PRB não tinha na Prefeitura os espaços que foram prometidos. Anísio refutou, afirmando que Jutahy indicara, “não apenas o secretário Sérgio Meira (Esportes), como vários outros cargos”.

Jutahy veio no revide, lembrando que Anísio estava envolvido num escândalo relacionado com programas para pescadores, “inclusive foi denunciado pelo PT de Sousa”.

Tem sido uma verdadeira via crucis a peregrinação diária de pessoas ao Cedmex (Secretaria de Saúde do Estado) para obtenção dos seus medicamentos e terminam voltando de mãos vazias. Para se ter uma ideia, desde dezembro do ano passado não existe mais a insulina NovaRapida, de ação rápida, para pacientes diabéticos.

“Essa insulina é indicada para diabéticos que estão sempre com as taxas muito alteradas. Só a NovaRápida baixa as taxas rapidamente. Mas, não existe. Há algumas semanas, chegou uma insulina Lantus, mas ela é de efeito lento”, foi o relato que uma mãe fez ao Blog. Desesperada teve que procurar o remédio numa farmácia e pagar R$ 200 por uma caixa com cinco unidades.

Há pessoas, contudo, que não têm condições de adquirir o medicamento. Nesses casos, há um agravamento do diabetes, que pode levar, inclusive, à morte.

O Major Fábio está decidido: vai mesmo deixar o Dem. O deputado alega que as pessoas não entendem como permanece num partido que apoia o Governo Ricardo Coutinho, quando ele é de oposição: “É uma situação dúbia. Eu devo meu mandato aos policiais, e eles não me querem apoiando este Governo, por isso eu devo sair. Este Governo não cumpre nada com os policiais.”

Indagado se não teme perder o mandato na Justiça, caso o Dem recorra, o major não desconversa: “Eu não devo meu mandato ao Dem, não devo ao senador Efraim Morais, que está muito bem como secretário, nem devo o mandato ao deputado Efraim Filho. Eu devo meu mandato aos policiais, que votarem e me elegeram. E os policiais estão perseguidos por esse Governo que o Dem apoia.”

Adiante, complementou: “Se eles (Efraim pai e filho) quiserem entrar na Justiça, para tentar tomar meu mandato, podem entrar. Está no direito deles.”