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O governador Ricardo Coutinho seque mantendo o jogo de nomeia-demite com o prefeito Luciano Agra. São vários os casos de gestores que foram demitidos por um e reciclados pelo outro. O último deles é Marcelo Cavalcanti, afastado por Agra da Secretaria de Infraestrutura. Logo após sua exoneração, Marcelo se incorporou à campanha da candidata Estelizabel Bezerra.

Na manhã desta quarta (dia 1), veio a informação de que ele irá assumir a Diretoria Técnica da Suplan.

Para derrubar o parecer contrário do deputado Vituriano de Abreu (foto) ao pedido de aval do Governo do Estado para o empréstimo de R$ 150 milhões da Cagepa serão necessários 22 votos. Quem garante é o presidente Ricardo Marcelo: “É o que diz o regimento da Casa, porque o parecer foi por inadequação orçamentária.”

A matéria deverá entrar em pauta de votação na sessão desta quarta-feira (dia 1), mas Marcelo nega qualquer contencioso da Casa com o Governo: “O governador foi deputado e sabe muito bem que temos a obrigação de cumprir o regimento. Não é hora de ficar trocando farpas. Também não podemos aprovar ou reprovar de forma abrupta.”

O Governo Ricardo Coutinho terá mais um mote para embates, na sessão desta quarta-feira, quando já deve entrar em pauta o polêmico pedido de aval para o empréstimo de R$ 150 milhões da Cagepa. É que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) derrubou, na sessão desta terça (dia 31), mais 11 vetos do governador RC.

Dentre os vetos derrubados pela CCJ, destacam-se ao do projeto de Lei 944/2012, do deputado José Aldemir, que institui no Estado “o Programa de Prevenção Primária do Câncer”.

O presidente Ricardo Marcelo esteve reunido com vários parlamentaes, na manhã desta terça-feira (dia 31), para definir a confecção de uma nota da Assembleia, cobrando uma posição do governador Ricardo Coutinho em relação aos ataques desferidos pelo jornalista Ulysses Barbosa (esposo da secretária Tatiana Domiciano – Comunicação) contra os parlamentares, via twitter.

Na reunião, ficou deliberado que a Assembleia, na emissão da nota, irá pontuar que só votará novas matérias de interesse do Executivo, depois que o Governo Ricardo Coutinho se posicionar em relação aos ataques.

Tem algo de estranho ocorrendo entre os girassóis. É visível que o grupo, separado ou em partes, está à beira de um ataque de nervos. São muitos os sinais de inquietação. De um lado, o esposo da secretária Tatiana Domiciano (Comunicação), abriu fogo contra a Assembleia, tachando os deputados de “bandidos” e outros adjetivos pesados.

De outro, a vereadora Sandra Marrocos aproveitou a presença do prefeito Luciano Agra na Câmara, para acusar o alcaide de “desequilibrado”, referindo-se à demissões de integrantes do Orçamento Democrático. No paralelo, o governador RC voltou a atacar o prefeito Luciano Agra, chamando-o de aventureiro, medíocre e biruta de aeroporto, além de transformar a Prefeitura num “balcão de negócios”.

Os números da última pesquisa JornaldaParaíba/Ipespe trazem pelo menos dois elementos básicos, para compreender o atual momento da disputa pela Prefeitura de Campina Grande: o crescimento de Romero Rodrigues e Tatiana Medeiros, que pode ser o sinal de uma polarização entre eles, em contraponto a uma pretensa estagnação da candidata Daniela Ribeiro.

É fato que Daniela ainda está muito bem nas pesquisas, seguindo com 24% (os mesmos percentuais da pesquisa anterior), seguindo logo atrás de Romero (que passou de 22% para 26%), mas, como dito, parece estacionada. Tatiana, que tinha 14% na anterior, passou a 17%. Há, é claro, um empate técnico entre Romero e Daniela, mas o viés de crescimento é do tucano.

Tatiana também mostra vigor e já ameaça Daniela. São sete pontos de diferença, inclusive dentro da margem de erro (3,5%) de um empate técnico.

O deputado Gervásio Filho, presidente da Comissão de Orçamento da Assembleia, pontuou para o Blog que “o parecer do deputado Vituriano de Abre, contra a concessão do aval do Governo para o empréstimo da Cagepa é uma peça irretocável, tem embasamento técnico e será difícil de ser contestado”.

Gervásio lembra que, pelo Regimento da Casa, “o Governo vai precisar, primeiro convencer os deputados de que o parecer de Vituriano está equivocado, o que será muito difícil e, depois, ter os 22 votos para derrubar a peça em plenário”.

A polêmica sobre o pedido de empréstimo da Cagepa acaba de produzir o primeiro embate institucional entre o Governo Ricardo Coutinho e a Assembleia Legislativa. Na verdade, uma briga de notas oficiais, depois que o governador RC passou a responsabilizar os deputados estaduais por ocasionais problemas na Cagepa, caso o empréstimo não se viabilize.

No início da noite dessa segunda-feira (dia 30), o presidente da Assembleia Ricardo Marcelo colheu informes dos deputados para emitir uma nota, pontuando a posição da Casa diante dos ataques do governador. A informação vazou, antes da nota do Legislativo. O Governo então distribuiu uma nota, cobrando a aprovação desse e outros empréstimos.

A Assembleia Legislativa da Paraíba poderá emitir, na manhã desta terça-feira (dia 31), nota oficial em defesa dos deputados estaduais, por conta das declarações dadas, no final de semana, pelo governador Ricardo Coutinho. O governador afirmou que, se os deputados não aprovarem o aval do Governo para a Cagepa realizar o empréstimo de R$ 150 milhões, eles serão responsabilizados pelo que vier a ocorrer com a empresa.

O presidente da Assembleia, deputado Ricardo Marcelo, admitiu a elaboração da nota, diante do mal-estar causado aos deputados, em função das declarações dadas pelo governador.

O governador Ricardo Coutinho fez os caminhos do frio, no final de semana, mas não esfriou seu ânimo em relação à pendenga sobre o empréstimo da Cagepa. Em temperatura máxima, o governador verbalizou uma ameaça aos deputados. Ele disse que, “se o empréstimo não for viabilizado, tudo que ocorrer com a Cagepa será de responsabilidade da Assembleia”.

Há poucos dias, como se sabe, o governador chegou a ocupar veículos de comunicação, para conclamar a população a pressionar os deputados a aprovar o aval do Governo do Estado pelo empréstimo de R$ 150 milhões. Seu pronunciamento foi contestado pelo ex-secretário Nonato Bandeira, para quem RC cometeu improbidade com sua fala..