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Mais um capítulo na judicialização dessas eleições. O juiz Fabiano de Moura e Moura (64ª Zona Eleitoral) acaba de bater o martelo em favor da aliança com PSC com o PSDB. Com sua deliberação, fica mantida a chapa Cícero Lucena e Ítalo Kumamoto. Vai na contramão de iniciativa da direção estadual, em favor de uma composição com o PT.

Em sua decisão, o magistrado argumentou que a convenção do partido que fez essa opção “foi legal”, uma vez que cumpriu toda a liturgia exigida para a homologação de alianças.

Passou praticamente despercebida uma recente ação do governador Eduardo Campos, que sepulta as esperanças da Paraíba poder receber fábricas fornecedoras para a Fiat. Campos decidiu implantar um parque fabril, ao longo de 15 quilômetros, que vai de Goiana a Igarassu, onde está realizando as obras de infraestrutura, para receber essas empresas.

A ideia do governador, com essa ofensiva, é impedir que as empresas se espalhem na região e possam se instalar na Paraíba. São aproximadamente 50 pequenas fábricas de autopeças, que irão se instalar para fornecer os componentes necessários a montagem dos automóveis. Havia expectativa de que algumas delas viriam para a Paraíba. Pelo visto, não virão mais.

deputado Janduhy Carneiro revelou ao Blog que pretende fazer pronunciamento na Assembleia, cobrando uma posição do Ministério Público e da Justiça, com respeito à denúncia do ex-secretário Nonato Bandeira contra o governador Ricardo Coutinho. Nonato acusou o governador de pratica de improbidade, no pronunciamento feito em rádio e TV, conclamando a população a pressionar os deputados pela aprovação do aval do Governo para o empréstimo da Cagepa.

“Não é possível que um ex-auxiliar do governador faça uma denúncia dessa magnitude e passe em branco. É preciso investigar se realmente o governador feriu o princípio da impessoalidade”, pontuou o deputado.

A judicialização do processo eleitoral deste ano segue produzindo querelas. A mais apimentada delas vem de Campina Grande e era previsível. Com as recentes decisões da Justiça, legitimando a candidatura de Alexandre Almeida, pelo PT, a deputada Daniela Ribeiro, que luta para ter o partido em sua chapa, reagiu. E bateu pesado, tanto na Justiça, quando no candidato petista.

Almeida, claro, que ganhou longevidade para seguir tocando sua candidatura a prefeito, como um franco-atirador, revidou usando as armas que Daniela lhe deu: solidarizando com a Justiça, por conta das críticas da candidata. Tudo fruto da judicialização do pleito deste ano.

O ex-secretário e candidato a vice-governador Nonato Bandeira acusou o governador Ricardo Coutinho de ter cometido ilícito, no pronunciamento em rede de rádio de TV, em que conclamou a população para pressionar os deputados a votar pelo aval do Governo para o empréstimo de R$ 150 milhões da Cagepa.

Foi, certamente, a primeira vez que o ex-secretário de Comunicação vai para o confronto direto com RC.

A primeira-dama Pâmela Bório também se incorporou ao ataque, supostamente contra o prefeito Luciano Agra e aliados, por conta das demissões de parte da equipe do Orçamento Democrático. O tiroteio começou com o governador Ricardo Coutinho, insinuando que o prefeito é aventureiro, biruta de aeroporto e medíocre.

Logo depois, a primeira-dama postou em seu twitter: “Estou indignada com tanta arrogância e truculência desses usurpadores. O povo sabe em quem votou para estar lá. Os impostores passarão.”

O governador Ricardo Coutinho só conseguiu se conter até a inauguração do comitê de sua candidata Estelizabel Bezerra, na noite de quinta (dia 26). Sem meias palavras, decidiu revidar a canetada que o prefeito Luciano Agra promoveu no Orçamento Democrático: “Nosso legado na Prefeitura é forte, foi um projeto de construção coletiva, e nem birutas de aeroporto são capazes de mudar”.

Agra, como se sabe, demitiu, não apenas o coordenador Tibério Limeira, com maios de duas dezenas dos integrantes do OD.

Num dia, o governador Ricardo Coutinho demite simpatizantes do prefeito Luciano Agra e do ex-secretário Nonato Bandeira, conforme a Paraíba acompanhou bem. No outro, Agra exonera servidores alinhados com RC que apoiam a candidatura de Estelizabel Bezerra.

Em meio às demonstrações de força, veio a troca de farpas, e a mais leve ocorreu quando se acusaram mutuamente de terem transformado, um, o Governo do Estado, o outro, a Prefeitura, em “balcão de negócios”, e ficou por isso mesmo. É de se perguntar: transformar Estado ou Prefeitura em balcão de negócios agora é legal?

O deputado Gervásio Filho reagiu rápido às declarações do presidente da Cagepa, Deusdeth Queiroga, que o acusou de praticar desonestidade, ao afirmar para a Imprensa que ele mentiu em relação às informações sobre a empresa repassadas à Assembleia.

O deputado decidiu acionar judicialmente o presidente da empresa, e ainda prometer anunciar, nas próximas horas, uma bomba com respeito à prática administrativa do presidente da Cagepa: “A Paraíba vai ficar estarrecida quando tomar conhecimento.”

O presidente da Cagepa, Deusdeth Queiroga, demorou, mas respondeu ao deputado Gervásio Filho que, em declaração ao Blog, afirmou que ele mentiu quanto às informações que repassou à Assembleia, para viabilizar a aprovação do pedido de empréstimo de R$ 150 milhões.

Deusdeteth afirmou: “O deputado Gervásio afirmou que eu menti e isto foi desonestidade de sua parte e de setores da oposição, que tentam iludir a opinião pública com informações destorcidas”.