Vamos combinar. Se o Botafogo por punido com a exclusão da Copa do Nordeste, como ameaçou o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, a culpa será do Governo do Estado. Claro. Se tivesse concluído as intermináveis obras de reformas do estádio Almeidão, nada disso estaria ocorrendo.
É injustificável que um Governo leve mais de três anos para concluir a reforma de um estádio, sabendo de todas as consequências que poderiam advir do seu atraso. Ora, vários estádios foram completamente planejados e concluídos no Brasil, nos últimos três, e o Governo da Paraíba não consegue concluir algumas obras de reforma de seus estádios.
Como resultado da incompetência, temos a situação vexatória que a Paraíba enfrenta ante os demais Estados. Quem passa pelo Almeidão tem a nítida impressão de que o Governo está conduzindo o cronograma das obras para coincidir talvez com a proximidade do período eleitoral. Uma prática que se imaginava abolida na Paraíba dos tempos republicanos.
Pra entender – Tudo começou quando o STJD decretou que o estádio Almeidão não tinha condições de receber os jogos da Copa do Nordeste, e transferiu o jogo do Botafogo com o Náutico (PE) para o Nazarenhão, em Goianinha (RN). O vereador Renato Martins (PSB) foi à Justiça e conseguiu uma liminar para cancelar partida.
Resultado: com a confirmação do cancelamento do jogo, o presidente do STJD, Paulo Schmidt, avisou que pedirá o afastamento do Botafogo da competição. O vereador, autor da ação, não é dirigente nem responde pelo Botafogo, mas Schmitt entende que o clube também pode ser punido quando é beneficiado por ações movidas por terceiros.
Para ele, houve desrespeito à própria Constituição Federal, “que proíbe o ingresso na justiça comum sem que tenham sido eliminadas todas as esferas da justiça desportiva”.
