Defensora aposentada diz que o governo segue oprimindo aposentados: “Por que o senhor governador não cumpre a lei?”
Defensora Pública aposentada divulgou carta aberta, nesta quarta (dia 7), denunciando que o governo João Azevedo segue descumprindo lei de paridade entre ativos e inativos, que oprime aposentados e pensionistas, como seu antecessor, Ricardo Coutinho. Em seu texto, com inspiração poética, a defensora Irene Dias Cavalcanti indaga: “Por que senhor governador? Por que Vossa Excelência não a cumpre a lei?”
“Não suportando calar ante tal injustiça, convoco os meus colegas para aliarem-se ao meu grito”, disse Irene Cavalcanti, lembrando que, quando era menina mirava as estrelas, esperando ver os anjos do céu e as imaginava seres brilhantes levados por asas imensas. “Assim eu passava a vida e a infância passava por mim”, pontuou.
“Depois, fui crescendo, pensando outras coisas. Percorri veredas espinhosas, vi belezas deslumbrantes, tropecei, levantei, lutei, fui em frente e abracei a vida, desejei ser útil a mim e ao meu próximo. Nem sempre consegui, mas corri desesperadamente em busca do bem. Estudei direito porque acreditei na justiça. Tornei-me defensora pública e senti-me gratificada em defender os pobres na forma da lei”, afirmou, lembrando que fez um trabalho responsável, dedicado e honesto.
Pergunta – Ela lamentou que, infelizmente, a paridade entre ativos e inativos não vem sendo respeitada, como determina a Constituição Federal e lembrou que o Poder Judiciário tem cumprido a sua parte com lisura e justiça, ao qual agradeceu, porém o Executivo do Estado da Paraíba não cumpre a lei, alvo incompreensível, oprimindo os aposentados. Ao final, questionou: “Por que senhor governador? Por que Vossa Excelência não a cumpre a lei?
Poesia – Ela mesma respondeu que a decisão de cumprir a Constituição está nas mãos do governador João Azevedo: “Hoje, não sou mais a criança que desejava ver os anjos, sou uma pessoa adulta e consciente do meu direito. Por isso, apelo à liberdade e à justiça: Liberdade, liberdade / para viver o meu sonho/eu preciso do teu canto / teu canto belo e honrado/ teu canto esperançoso / tua voz glorificada / nas plumas do teu embalo / eu quero agarrar sorrindo / o doce mel da justiça/e gritar enternecida / o teu nome liberdade/ o teu nome justiça / ir e vir nas tuas asas. Justiça e Liberdade.”