Enriquecimento ilícito de oficiais: Couto denuncia complô para executar ouvidora
A ouvidora de polícia, Valdênia Lanfranchi, mexeu num vespeiro ao denunciar o enriquecimento ilícito de oficiais da PM da Paraíba. Tanto que sua vida está em perigo. Pelo menos no entendimento do deputado Luiz Couto. Ele denunciou na tribuna da Câmara ter conhecimento de um complô para “executar a ouvidora”.
Valdênia elaborou, no final do ano passado, um dossiê em que documenta várias irregularidades cometidas por alguns oficiais da PM. Dentre essas irregularidades, consta o enriquecimento ilícito e a compra de apartamentos milionários em João Pessoa. O documento foi enviado ao governador Ricardo Coutinho e ao Ministério Público.
Nos últimos dias, vazaram algumas fotos para a Imprensa, indicando os prédios onde, supostamente, os oficiais acusados por ela adquiriram os imóveis por preços que beiram aos R$ 3 milhões, o que tornou o clima muito pesado dentro da polícia. Agora, Couto revela ter documento, em que se delata o conluio para assassinar a ouvidora.
Couto, inclusive, já teria encaminhado cópia do documento, não apenas para o governador, como também para o secretário Cláudio Lima (Segurança): “Verificamos que quando alguém luta contra a injustiça e o crime organizado a reação é de se querer assassinar.” O fato, no entanto, é que nem o governador, nem o Ministério Público se manifestaram ainda sobre o dossiê da ouvidora.
O deputado Raniery Paulino, líder do PMDB, decidiu protocolar requerimento convocando a ouvidora para ir à Assembleia. O deputado espera que ela apresente ao Legislativo o dossiê realizado na Polícia Militar, que aponta enriquecimento ilícito de alguns oficiais, especialmente na compra de apartamentos milionários.
“A própria ouvidora já revelou a ocorrência de enriquecimento ilícito de alguns oficiais, e agora começam a chegar à Imprensa informações sobre os prédios onde estão localizados esses imóveis. Sabemos também que ela entregou cópia do dossiê ao governador Ricardo Coutinho e ao Ministério Público e queremos saber das providências”, justificou o líder peemedebista.
Um dos apartamentos estaria localizados no Residencial Yaveh, localizado à rua Maria de Lourdes Coutinho Torres, 380, no Altiplano Cabo Branco, no valor de R$ 1,38 milhão. O segundo deles, no Residencial Manoá localizado à rua Bacharel José de Oliveira Curxhatuz , 572, Bessa, no valor aproximado do R$ 1,3 milhão. Ambos da Construtora Mashia. Mais em bit.ly/15g7zV1