Governador volta a criticar UEPB após servidores aderirem à greve geral por tempo indeterminado
O governador Ricardo Coutinho aproveitou o feriadão para voltar a criticar os servidores da Universidade Estadual da Paraíba, que decidiram decretar greve geral por tempo indeterminado, em solidariedade aos professores, que estão paralisados há duas semanas. Eles alegam da falta de diálogo do Governo Ricardo Coutinho e o corte no repasse do duodécimo.
“O problema não está no duodécimo, o problema está dentro da Universidade, é de gestão. Não dá pra aumentar o duodécimo e, ao chegar no fim do ano, eu ter que pagar o 13° dos servidores e dos professores. Isso é inadmissível. Então, a Universidade tem que calçar o sapato que cabe no seu pé, não é culpa do Governo”, disse.
Segundo Fernando Borges, presidente Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos não há reajuste para os servidores há três anos: “O Governo do Estado não tem cumprido com a lei de autonomia da UEPB. Então, decidimos seguir os professores do movimento de paralisação, uma vez que essa situação de corte de recursos tem atingido a todos os trabalhadores.”
Borges lembrou ainda que foram feitos “seis pedidos de audiência ao governador, visitas à Assembleia Legislativa, ao Ministério Público da Paraíba, inclusive nas Câmaras Municipais, e até o momento a comunidade espera uma resposta concreta para discutirmos não só a questão dos trabalhadores, mas da universidade. Como não tivemos nenhuma resposta do governador, decidimos pela greve”.
E arrematou: “O Governo Ricardo Coutinho vem diminuindo o orçamento da UEPB, reduzindo o duodécimo de R$ 307 milhões para R$ 290 milhões, e ainda diz que aumentou os repasses.”