O deputado-presidente Hugo Motta (Republicanos) tem deixado desconcertados tanto petistas, quanto bolsonaristas, com seu comportamento indo e voltando em relação ao projeto de Anistia e os condenados pelos atos de 8 de Janeiro, meu caro Paiakan.
Logo que assumiu a presidência da Câmara Federal, sinalizou simpatia com o projeto de Anista , inclusive admitindo ter sido esse um dos entendimentos com a oposição no apoio à sua candidatura a presidente da Casa. Seria um compromisso.
Porém, após viagem ao Japão, na comitiva do presidente Lula, e mesmo com a oposição tendo obtido 162 assinaturas (das 157 necessárias), Hugo disse que não iria pautar a matéria, alegando ter consultado o colégio de líderes da Casa.
Agora, Hugo já passa a admitir, segundo a Veja, que “há um consenso na Câmara, no Senado e até no Judiciário de que as penas foram exageradas. Isso é algo que precisa ser revisto, porque o Brasil precisa de equilíbrio”. Ou seja, volta a sinalizar com o projeto de Anistia. Ou talvez uma versão do projeto original.
Aparentemente, Hugo passa a endossar, não um projeto de Anistia, mas um acordo envolvendo Câmara e Senado, com aval do Supremo Tribunal Federal, com redução de condenações, algo, inclusive, defendido pela ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), que recuou após pito do próprio Lula.
E assim caminha a humanidade, meu caro Paiakan.
