Ninguém pode afirmar que a presidente Dilma é de jogar a toalha. A petista tem resistido bravamente. Em todas as recentes solenidades, Dilma tem criticado o Congresso Nacional, o vice-presidente Michel Temer e o deputado Eduardo Cunha Lima, presidente da Câmara Federal, por conta do processo de impeachment.
Desta fez foi por que um dos quatro (!) procuradores da PBPrev, alegando problemas clínicos, não pode comparecer. Os advogados dos servidores (Ipep e PBPrev) até insistiram para ocorrer a sessão com os demais procuradores, mas o desembargador Marcos Cavalcanti Albuquerque decidiu adiar o julgamento do Caso Ipep.
O encontro aconteceu na noite desta terça-feira (dia 26), no Palácio do Jaburu, quando o vice-presidente Michel Temer, em conversa com o senador Cássio Cunha Lima e outros líderes tucanos, concordou em discutir uma participação institucional do PSDB no seu eventual Governo. Claro, se o impeachment for aprovado pelo Senado, como os sinais na praça política parecem indicar.
Resultado: o governador Ricardo Coutinho conseguiu, novamente, queimar um de seus melhores quadros. O secretário João Azevedo (Infraestrutura) poderia, sim, ser uma alternativa importante para o processo de renovação política em João Pessoa. O governador, aparentemente, ainda não compreendeu que o eleitorado da Capital não aceita imposições.
O Tribunal de Justiça pautou para julgar, a partir das 9h desta quarta (dia 26), a liminar do desembargador Marcos Cavalcanti Albuquerque, presidente da Corte. Como se sabe, em setembro do ano passado, o desembargador suspendeu, em caráter monocrático, a decisão do juiz Gutemberg Cardoso (3ª Vara da Fazenda) em favor dos funcionários do IASS (antigo Ipep).
A decisão singular (DSPL 0007/2016) do conselheiro Fernando Catão (Tribunal de Contas do Estado) é do último dia 16 de março, mas ilustra bem o cometimento do ilícito por parte do Governo do Estado. Segundo o conselheiro, houve “ofensa ao princípio constitucional do equilíbrio financeiro e atuarial”, na utilização indevida dos recursos previdenciários.
A Paraíba poderá testemunhar, a partir desta quinta (dia 28), um paralisação inédita dos agentes da… Lei Seca. Isso mesmo. Revoltados com a defasagem em seus vencimentos e com as precárias condições de trabalho, os agentes decidem nesta quinta uma paralisação de suas atividades em todo o Estado. “Somos tratados com descaso pelo Governo”, dizem.
“O governador Ricardo Coutinho não é homem para resolver (o problema da) segurança de Sousa, da Paraíba. Quantas vezes a gente vai ter que ser assaltado pra esse governador tomar uma atitude?” O desabafo foi feito pelo comerciante Eris Torres, proprietário da Casa das Alianças, na cidade de Sousa, que, nos últimos dias, foi assaltado nada menos do que quatro vezes.
O governador Ricardo Coutinho aproveitou a solenidade de inauguração da Adutora do Conde, na noite desta segunda-feira (dia 26), para negar que o PSB irá substituir a candidatura a prefeito do secretário João Azevedo (Infraestrutura). Segundo o governador, os boatos só reforçam o temor dos adversários em enfrentar sua candidatura.
O senador Cássio Cunha Lima admite que o seu partido, o PSDB, deva contribuir para um eventual Governo Michel Temer, mas de forma institucional, “diferente da prática do PT, nos últimos 14 anos, que foi de toma lá dá cá, e o resultado todo o Brasil está acompanhando”. Há especulações de que o senador Zé Serra pode compor o Governo Temer, caso o impeachment seja aprovado.
