O governador Ricardo Coutinho sofreu um revés, que certamente não estava em seus planos. Pelo menos a julgar pelo parecer do procurador de Justiça Alcides Orlando de Moura Jansen, que opinou pelo arquivamento da arguição de suspeição da juíza Túlia Gomes de Sousa Neves (3ª Vara da Família), que foi protocolada pelos advogados do governador.
O deputado Manuel Júnior foi um dos cinco parlamentares do PMDB destacados pelo partido para falar, no tempo do partido, na sessão desta sexta-feira (dia 15), na sessão de abertura do processo de discussão do impeachment, que irá culminar com a votação do pedido no próximo domingo. Em seu pronunciamento, Júnior destacou vários dos mais recentes escândalos no âmbito da Lava Jato.
Paraibanos que tenham necessidade de ir a Pernambuco nesta sexta-feira (dia 15), devem alterar os seus planos. Militantes do MST (Ministério dos Sem-Terra) decidiram interditar a BR-101, á altura de Caaporã (60 quilômetros de João Pessoa). Patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal recomendam aos motoristas em evitem o trecho, inclusive as vias alternativas.
O governador Ricardo Coutinho foi escalado, junto com outros governadores aliados, pela presidente Dilma, para tentar reverter os votos dos deputados que anunciaram disposição de votar pelo impeachment ou ainda se encontram indecisos. Na bancada da Paraíba, nove deputados anunciaram apoio ao afastamento da presidente, há um indeciso e dois votos contrários.
O presidente Lula anunciou uma lista com 186 deputados que teriam se comprometido com ele a votar contra o impeachment da presidente Dilma. O grupo integra uma chamada “Frente pela Democracia”. O detalhe é: pelo que vazou nos bastidores, a lista teria os nomes dos deputados paraibanos Aguinaldo Ribeiro (PP), Wellington Roberto (PR) e Wilson Filho (PTB).
Mais barulho em Cabedelo, na noite desta quinta-feira (dia 15), durante sessão da Câmara Municipal. Após denúncia do escândalo da “maior faxina do mundo”, um grupo de vereadores decidiu protocolar um pedido de informações ao presidente da Casa, Lucas Santino, mas ele simplesmente… desapareceu. Não compareceu à sessão. Nem ele, nem os demais integrantes da Mesa Diretora.
O Brasil vive um realismo fantástico que nem um escritor como Gabriel Garcia Márquez talvez fosse capaz de imaginar, nesses tempos conturbados de Lava Jato, impeachment e outros que tais. Veja esse fantástico caso do Ministério da Integração. Ontem (quarta, dia 13), o então ministro Gilberto Occhi decidiu entregar o cargo, após o PP anunciar saída da base da presidente Dilma.
Pelo visto o impeachment vai parar na Justiça. Como tudo no Brasil dos últimos tempos. O advogado-geral da União José Eduardo Cardoso, decidiu impetrar um mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal, pedindo para anular o processo de impeachment contra a presidente Dilma. O Governo Dilma quer evitar a votação do próximo domingo (dia 17), na Câmara Federal.
Tem coisas que acontecem na Paraíba. Veja essa situação dos servidores do IASS (antigo Ipep). Desde o início de 2011, quando o governador Ricardo Coutinho decidiu cortar parte de seus salários, que eles lutam na Justiça para reaver os seus direitos conquistados legalmente junto ao Superior Tribunal de Justiça. Agora, mesmo eles esperam pelo julgamento de liminar há… seis meses.
A disputa do impeachment começa a ganhar foros de surrealismo. Nesta quinta (dia 14), a presidente Dilma exonerou cinco ministros, três do PMDB, para que possam voltar ao plenário e votar contra o seu afastamento. Ato contínuo, o presidente do partido no Rio de Janeiro, Jorge Picciani, anunciou o retorno à Câmara de três deputados que estavam licenciados.
