A Páscoa não trouxe uma trégua na crise que o País enfrenta. Pelo contrário, abriu mais uma trincheira de guerra entre o Governo Dilma e o Supremo Tribunal Federal. Após pronunciamento da presidente na última quarta-feira (dia 23), indicando que o impeachment era um golpe, houve uma reação em cadeia (ops!) entre os ministros da Corte.

Com frases como “a pior situação que a Polícia Militar da Paraíba já enfrentou” ou “violência nunca vista em nosso Estado”, alguns policiais postaram queixas em redes sociais, durante a Semana Santa, para criticar a insegurança no Estado. Há poucos dias, um estudo publicado pelo Governo Federal trouxe João Pessoa como a 4ª Capital mais violenta do País.

O PSB do governador Ricardo Coutinho abriu fogo (novamente) contra o Governo Dilma. Após a bancada federal anunciar afastamento da petista, o último programa do partido no horário gratuito, exibido há poucos, os socialistas mandaram ver: “Temos um Governo cujo único objetivo é ficar no poder, contrariando a vontade popular.”

O Blog recebeu informação esta sexta (dia 25) que o Tribunal de Justiça decidiu dar um prazo de 30 dias ao governador Ricardo Coutinho para atualizar os pagamentos atrasados dos precatórios, sob pena de sequestro de recursos do Governo. No início do mês, durante reunião do Comitê Gestor de Contas Especiais (que trata dos precatórios) o pedido de sequestro foi sugerido ao TJ.

A história tem lá suas ironias. Em 2010, o então presidente Lula figurou na lista das 25 lideranças mais influente do mundo, pela prestigiada Revista Times. Seis anos depois, uma outra revista, de igual prestígio, traz o juiz Sérgio Moro como o 13º homem mais influente do mundo, entre aqueles capazes de transformar o mundo.

Os vazamentos das escutas envolvendo o ex-presidente Lula seguem causando tremores. Num dos grampos autorizados pela Justiça Federal, há o trecho de uma conversa com o senador paraibano Lindberg Farias (RJ), em que o ex-presidente diz: “É o seguinte meu filho eu tô com a seguinte tese: é guerra, é guerra e quem tiver artilharia mais forte ganha.”

Ficou estranho. O juiz Sérgio Moro ter decretado sigilo no listão da Odebrecht. Ora, se as demais provas foram amplamente divulgadas, por que essa relação da empreiteira não? Cabe a quem estiver na lista se defender, e demonstrar que recebeu dentro da legalidade, ou seja, declarou devidamente a doação junto à Justiça Eleitoral.

Eis que o Tribunal Regional Eleitoral elegeu, na manhã desta quarta (dia 23), as listas tríplices para preencher das vagas de juízes da Corte que estão encerrando seus mandatos. O juiz Sylvio Pélico Porto Filho encerra seu mandato a 7 de julho e Breno Wanderley César Segundo, dia 24 de julho. A nomeação dos sucessores será feita pela presidente Dilma, a partir das listas encaminhadas pelo TRE.

O senador Zé Maranhão reúne os cinco parlamentares do partido no Congresso Nacional (três deputados federais e os dois senadores) na próxima segunda-feira (dia 28) em Brasília, para tirar uma posição a ser levada para a convenção marcada do dia seguinte. Segundo informação extraoficial passada ao Blog, “a tendência será pela decisão unânime de afastamento do Governo Dilma”.

O prefeito Romero Rodrigues se dispôs a abrir seu sigilo bancário, fiscal e telefônico, para esclarecer como não recebeu doação da Odebrecht (de R$ 300 mil), nas eleições de 2014, conforme planilha apreendida pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava Jato: “Não tem qualquer sentido esta informação, pois é bom lembrar que, em 2014, eu sequer fui candidato.”