Se a mais recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral for mesmo pra valer, a Paraíba vai perder dois deputados federais, dos atuais doze. Ano passado, uma decisão do TSE deliberava que alguns Estados deveria reduzir o número de deputados, com base em informações do Censo de 2010 do IBGE, que redesenhou o número de eleitores no País.

Após a decisão inicial do TSE, houve uma polêmica nacional, com a rejeição dos Estados que seriam prejudicados. Então, em dezembro do ano passado, o senador Renan Calheiros, presidente do Congresso Nacional, promulgou decreto legislativo, suspendendo os efeitos da decisão do Corte eleitoral, e o assunto caminhava para o esquecimento.

Uma nota assinada por 26 (dos 36) deputados estaduais acusa do Governo Ricardo Coutinho de manipular servidores estaduais: “Infelizmente não é a primeira vez que o Governo manipula seus servidores para a tentativa deprimente de intimidar a Assembleia, tal como faz, costumeiramente, com o Poder Judiciário, com jornalistas e com os próprios Sistemas de Comunicação.”

Segundo a nota distribuída pela Assembleia, o Governo tenta intimidar a Assembleia para tentar evitar a discussão sobre as suas contas de 2011, que estão tramitando na Casa. Para os deputados, a ordem é inviabilizar o debate, e tentar impedir que a Assembleia possa cumprir a sua missão de discutir as contas do gestor. Na nota, a Casa reafirma que não se intimidará e seguirá com seu trabalho.

Quem anunciou apoio ao senador Cássio Cunha Lima foi o SDD do deputado Benjamim Maranhão, mas curiosamente quem roubou parte da cena foi o Dem, durante solenidade no auditório da Associação Paraibana de Imprensa. À exceção do ex-secretário Efraim Morais, seu filho o deputado Efraim Filho e Lindolfo Pires, os demais deputados do partido foram lá oficializar apoio ao tucano.

Solidariedade de Dem à parte, não deixou de ser curioso um cenário em que o deputado Benjamim e sua mãe, a prefeita Wilma Maranhão, sentaram ao lado do senador Cássio Cunha Lima, uma cena que, há alguns anos, era absolutamente impensável. Especialmente quando se observa como maranhismo foi o principal contraponto ao cassismo na Paraíba dos últimos tempos.

A Paraíba até conseguiu reduzir, em 6,2% o número de homicídios, na virada de 2011 para 2012, mas o Estado continua entre os dez mais violentos do País. É o traz o Mapa da Violência de 2014, atualizado recentemente. João Pessoa continua como a 9º cidade mais violenta do mundo, enquanto Campina Grande vem em 25º no ranking.

O detalhe no estudo, que cruza dados com a ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal, mostra a Paraíba com uma taxa de 66,92 homicídios por grupo de 100 mil pessoas. Para se ter uma ideia, esse percentual é praticamente o dobro da cidade de Recife, com 36,82, ainda menor do que Campina, com 46 homicídios por grupo de 100 mil

Há uma curiosidade intrigante para quem chega em Catolé do Rocha: enormes placas de propaganda do governador Ricardo Coutinho, destacando uma obra (com recursos federais) que é realizada a dezenas de quilômetros do local: o Canal Acauã-Araçagi. Agora, o mais irônico mesmo é a situação da estrada onde estão as placas.

A PB 323, que liga Catolé do Rocha a Brejo do Cruz tornou-se um martírio para os motoristas que precisam trafegar por aquela estrada. Têm sido constantes as reclamações dos motoristas do transporte escolar, por exemplo, que muitas vezes são obrigados a dirigir pela contramão, por conta da situação em que a estrada se encontra.

Após um longo período em contencioso com a direção do PT, eis que o deputado Luiz Couto começa a dar sinais de que poderá se reintegrar ao partido nas eleições deste ano. Durante reunião realizada, no final da tarde desta segunda-feira (dia 26), Couto anunciou apoio à candidatura de Lucélio Cartaxo ao Senado, em nome da “unidade do partido”.

Aliás, a candidatura de Lucélio foi tratada como consensual. Estavam presentes, além do deputado Couto, o próprio Lucélio, o prefeito Luciano Cartaxo, o presidente do PT, Charlinton Machado. Segundo o prefeito Cartaxo, “ficou patente a importância do partido marchar unido em torno desse projeto de unidade, e em favor da reeleição da presidente Dilma”.

Mais três vereadores podem deixar a base do prefeito Luciano Cartaxo na Câmara de João Pessoa: Djanilson “Faca Cega” (PPS), João dos Santos (PR) e Professor Gabriel (SDD). Os três têm revelado, nos bastidores, insatisfação em relação à condução da bancada governista na Casa, e estão sendo aliciados pelo vereador Raoni Mendes (PDT).

Raoni, como se sabe, rompeu com o prefeito Cartaxo e, desde então, tem sido um de seus críticos mais ferrenhos, e, segundo comentários de bastidores, estaria em processo de aproximação com o senador Cássio Cunha Lima. Aliás, o PPS de Djanilson e o SSD de Gabriel estão compondo a aliança encabeçada pelo tucano.

Os servidores do DER estão em pé de guerra, ante a iminência de perderem seu plano de cargos, que foi instituído há 32 anos. Tudo começou quando o Governo do Estado impetrou ação para sustar a implantação, pagamento e requisição de seus precatórios. Então, em 13 de maio último, o juiz Aluízio Bezerra prolatou sentença em favor do Governo.

Segundo o advogado Abelardo Jurema Neto, constituído pelos servidores, “essa decisão judicial e completamente ausente de amparo legal”. A sentença foi proferida com base na Súmula Vinculante nº 4 e, segundo os servidores, “a intenção do Governo é, não apenas suspender o PCCR, como também retirar o salário mínimo como base de cálculo”.

Então se confirmou o estranhamento entre Moacir (irmão do prefeito Romero) Rodrigues e o governador Ricardo Coutinho. Conforme já especulado na última sexta-feira, Giovanna Fernandes (esposa de Moacir) entregou o cargo de secretária-executiva da pasta de Interiorização. Moacir assumiu oficialmente ter rompido com o governador Ricardo Coutinho.

Rodrigues, que se filiou ao PSD a pedido do vice-governador Rômulo Gouveia, alegou que não recebeu da parte do governador as atenções que foram prometidas, em relação à sua candidatura a deputado federal: “Como governador não vinha cumprido os compromissos assumidos, não me resta outra alternativa se não colocar o cargo (de Giovanna) à disposição.”