A família Cunha Lima sempre teve uma tradição de formar lideranças públicas. Começou com Fernando Cunha Lima, que faleceu antes de disputar um mandado, mas seguiu com Ivandro e Ronaldo Cunha Lima, que compuseram o time da primeira geração. Ivandro foi deputado e senador. Ronaldo, prefeito, deputado, senador e governador.

Depois, a segunda geração iniciou com Cássio Cunha Lima, que já estreou como prefeito, depois deputado, novamente prefeito e, logo em seguida, governador. Agora, na condição de senador, praticamente bancou o ingresso do seu irmão Ronaldo na atividade política, na condição de vice-prefeito de Campina Grande.

Agora, deve iniciar a terceira geração com Pedro, que, recentemente, ocupou a tribuna do Senado para homenagear o avô, Ronaldo. Já se especula que será candidato em 2014.

Era questão de tempo para o Brasil despertar quanto ao aumento da violência na Paraíba. O assunto será debatido na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara Federal, por iniciativa do deputado Major Fábio. O parlamentar argumenta a criminalidade tem aumentado de forma preocupante na Paraíba, “deixando a população refém dos bandidos”. O debate será realizado em abril.

Major Fábio lembra que um recente estudo da ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal colocou a região metropolitana de João como a 9ª mais violenta do mundo: “Além disso, a Paraíba figura, segundo o Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), como o 3º Estado com maior índice de mortalidade por arma de fogo.”

Nunca foi assaltada

Meu caro Paiakan, dou o braço a torcer. Esse seu comentário é realmente de morte: “A primeira-dama, Pâmela Bório, mesmo andando com uma bolsa Hermès, de R$ 30 mil, nunca foi assaltada na Paraíba porque anda acompanhada do maridão…”

Se cara feia espanta ladrão…

Seria o caso de colocar uma careta nas agências bancárias e casas lotéricas? Uma cara feia em cada esquina também talvez afugentasse os ladrões e inibisse tantos assaltos. Poderia ter evitado até o desaparecimento da menina Fernanda Ellen…

O Governo Ricardo Coutinho consegue ser muito rápido… quando é para retirar do ar a página da Secretaria de Segurança, que “orientava” mulheres da Paraíba como evitar assaltos. E retirou logo após o portal da revista Veja ter publicado, em tom de chacota, os tais “mandamentos”. Alguns hilários do tipo fazer “cara brava”, “franzir as sobrancelhas” e “falar alto consigo mesma”.

Mas, há outras recomendações, igualmente cômicas, como a de que as mulheres mantenham no carro “uma bolsa à vista (seria uma bolsa Hermès?), com quinquilharias e algum dinheiro, para que um eventual ladrão possa levá-la sem lhe trazer muito prejuízo”. Além de mandar retirar o nome e número das mulheres da lista telefônica, o que faz da Paraíba o único local do mundo, onde a lista telefônica é o clube do bolinha…

O assunto virou chacota nacional, claro. Então, rapidamente o nosso ínclito, preclaro e insigne governador mandou tirar a página do ar

Setores ligados ao grupo Cunha Lima externaram ao Blog, há poucos dias, certo descontentamento com o secretário Ricardo Barbosa (PAC), por conta de suas recentes declarações. Em algumas entrevistas à Imprensa, Barbosa chegou a afirmar que “nenhum ex-governador fez nem 10% do que está fazendo o governador Ricardo Coutinho”.

As declarações provocaram desconforto, uma vez que atingem, de uma só penada, os ex-governadores Ronaldo Cunha Lima, de quem Ricardo foi secretário, e Cássio Cunha Lima, de quem também foi auxiliar. “Foi um desrespeito à memória do poeta Ronaldo, que sempre deu espaço e apoio a Ricardo Barbosa e sua família”, revelou um Cunha Lima.

Tem sido comovente o esforço do Governo Ricardo Coutinho para tentar convencer os paraibanos de estar conseguindo reduzir os índices de violência no Estado. Ainda bem que a população não parece estar acreditando nessa cantilena. Há uma distância abissal entre a realidade das ruas, onde campeia a insegurança, e a ficção do discurso.

Aliás, nem precisa ir tão longe. O próprio secretário Cláudio Lima (Segurança) que, em algumas oportunidades, usa de uma franqueza dolorosa (para o Governo), afirmou que a violência está fora de controle. Porque é o óbvio. Não há rigorosamente um paraibano que não tenha uma história de violência pra contar envolvendo um parente ou um amigo.

Desmonte do Programa do Leite

A denúncia é do deputado Carlos Batinga. Segundo Batinga, “o Governo RC praticamente desmontou o Programa do Leite. No Governo anterior, havia a distribuição de 120 mil litros de leite ao dia. Hoje, não passa de 10 mil litros. É um desastre!”

Carlos Dunga fica na oposição…

… Pelo menos pelas próximas três semanas. Foi o prazo que o deputado deu ao líder Hervázio Bezerra, para ser recebido em audiência pelo governador: “Até lá, a bancada da oposição conte comigo para empunhar as suas bandeiras.”

De um leitor: “Ele (o governador) é acostumado comer na Granja lagosta, camarão, faisão etc. mas, em Campina, ele se engasgou com uma raposa…”

Mais um capítulo na pendenga entre os deputados Anísio Maia (PT) e Jutahy Meneses (PRB). Após acusar o superintendente da Pesca na Paraíba (Samuel Lemos) de transformar o órgão em comitê político, o deputado Anísio revelou que seu colega Jutahy “está querendo impor, a todo custo, sua liderança sobre os pescadores da Paraíba”.

Segundo o petista, “há espaços para todos, se o deputado tiver a devida competência para representar os pescadores, que represente, mas não na base da imposição, como tomei conhecimento, o que não pode haver é coação e chantagem, para impor uma liderança de cima pra baixo, porque isso os pescadores não aceitam”.

Ainda repercutem nos quartéis as recentes declarações da ouvidora-geral da Polícia, Valdênia Lanfranchi, de que a Segurança Pública na Paraíba não tem como avançar, por causa da disputa interna que existe entre o secretário Cláudio Lima e o coronel Euller Chaves, comandante-geral da PM. Suas declarações foram dadas à rádio CBN, há algumas semanas.

Ainda de acordo com o que circula dentro dos quartéis, o secretário Cláudio Lima teria chegado à conclusão de que o episódio, envolvendo a detenção de seu filho teria sido parte de uma operação orquestrada, exatamente para descredenciá-lo. Na operação, o filho do secretário foi detido por policiais militares, portando um equipamento usado para manipular drogas.

Valdênia foi responsável pela elaboração de um alentado dossiê, em que denuncia o enriquecimento ilícito de alguns oficiais da Polícia Militar da Paraíba

O governador Ricardo Coutinho insinuou, nesta segunda (dia 18), que o vice-prefeito Nonato Bandeira anda fazendo críticas severas à sua gestão por que sabe do que praticou. Faltou, é claro, o governador declinar do que se tratava. Entretanto, pela forma como disse, com algum sarcasmo, RC deixou no ar que era algo muito grave.

Bem, a Paraíba quer saber, senhor governador: o que Nonato Bandeira andou praticando de tão grave enquanto foi seu secretário e conselheiro? E, claro, se essas práticas de Nonato se deram à sua revelia. Porque, se foi algo realmente ilícito como deixa transparecer, e o senhor não revelar, então estará sendo, no mínimo, conivente.