Em tempos não tão remotos, foi um cartão de visitas de João Pessoa. Hoje, parece representar apenas a decadência. Talvez até do próprio poder. A Praça dos Três Poderes é o retrato do abandono. O visitante que por lá se aventura, certamente vai levar uma péssima imagem da Capital da Paraíba.

As imagens colhidas por Palmari Lucena expõem a incompetência do poder público para zelar pelo patrimônio que é do povo. O que se vê são calçadas quebradas, lixo, bancos destruídos, ferragens retorcidas e derrubadas. A Praça João Pessoa simboliza hoje o merencório epílogo de um modelo administrativo.

Reina a indeferença a poucos metros do Palácio da Redenção, do Tribunal de Justiça, da Assembleia Legislativa e do Ministério Público. Nem a beleza amarela dos Ipês florescidos consegue disfarçar o descalabro na praça. Triste sina da praça que sediou tantos eventos históricos da Paraíba.

O prefeito Veneziano optou por não sancionar a mensagem de aumento de salários para prefeito, vice e vereadores, aprovado pela Câmara Municipal: “Não me senti à vontade, porque isso aconteceu também quando assumi. Em 2004, meu antecessor (Cozete Barbosa) também não sancionou o reajuste, e eu mantive o salário anterior, sem aumento.”

Com o aumento aprovado pela Câmara, o salário do futuro prefeito passaria de R$ 11.146,00 para R$ 20.042,00. O do vice-prefeito de R$ 7.297,28 para R$ 12.025,25 enquanto os salários dos vereadores iriam de R$ 7.430,39 para R$ 12.025,25. Aumentar ou não os salários será a primeira decisão a ser tomada pelo prefeito eleito Romero Rodrigues.

Três nomes se destacam de forma emblemática na última fornada de auxiliares anunciada pelo prefeito eleito Luciano Cartaxo: Ruy Leitão, que vai coordenar o PAC, Assis Freire, assessor do deputado Benjamim Maranhão, na Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e Lucius Fabiani, um pedido de Luciano Agra, que será adjunto da Secretaria de Trabalho, Produção e Renda.

Cartaxo, inclusive, já convocou a primeira reunião de trabalho para este domingo, dia 30.

O prefeito eleito Romero Rodrigues atendeu à articulação do governador Ricardo Coutinho com o senador Cássio Cunha Lima, e anunciou a indicação do deputado Guilherme Almeida para a Secretaria de Agricultura de Campina Grande. Com isso, a terceira-suplente da coligação PMDB-PSC, Iraê Lucena, atualmente na Secretaria da Mulher, deve deixar a pasta e assumir a deputação na Assembleia.

Um efeito colateral importante é abrir a vaga da Secretaria da Mulher para o governador nomear Sandra Marrocos. Essa articulação traz outra consequencia que é a possibilidade de aumentar em mais um deputado a bancada governista na Assembleia.

O governador Ricardo Coutinho vem agindo nos bastidores, em parceria com o senador Cássio Cunha Lima, para viabilizar a indicação do deputado Guilherme Almeida no futuro governo do prefeito Romero Rodrigues. Essa operação poderá levar a secretária Iraê Lucena (Mulheres) a retornar à Assembleia, ela que é a primeira-suplente da coligação PMDB-PSC.

Com isso, o governador abriria a vaga para indicar Sandra Marrocos. Essa articulação teria um efeito colateral importante que seria aumentar em mais um deputado a bancada governista na Assembleia.

A Paraíba perde mais uma para Pernambuco. A Fiat acaba de anunciar que irá instalar uma fábrica de motores em Goiana, onde a empresa já está implantando uma montadora. A unidade de motores vai representar um investimento a mais de R$ 500 milhões, conforme anunciou o governador Eduardo Campos, nesta quarta-feira (dia 26).

Com o anúncio da nova fábrica de motores, que vinha sendo pleiteada por outros Estados (inclusive a Paraíba), os investimentos da Fiat em Pernambuco vão R$ 6,7 bilhões, sendo R$ 4 bilhões para a montagem de veículos, R$ 2,2 bilhões em desenvolvimento de novos produtos e pesquisa, e R$ 500 milhões na fábrica de motores.

A previsão é de que a montadora entre em operação em 2014, enquanto a parte de motores deve começar a produzir em 2015. As obras no complexo da Fiat devem empregar 7,5 mil trabalhadores, e após entrar em operação, o polo industrial criará 4,5 mil postos na fábrica.

Por essa, o governador Ricardo Coutinho certamente não esperava. Mas, talvez seja o resultado de ter esticado demais a corda com os procuradores do Estado. RC poderia muito bem passar o final de ano sem o constrangimento de ver as estranhar do seu Governo expostas pelos procuradores.

Em nota veiculada pela Aspas (Associação dos Procuradores), eles solicitaram cópia de todas as licitações realizadas pelo Estado para realizar uma análise, especialmente as últimas que envolvem compra de carteiras escolas, passagens aéreas e cartilhas, algo de denúncias da oposição.

Na prática, os procuradores vão acessar todos os processos licitatórios para monitorar a ocorrência de irregularidades. Com isso, eles deixam o governador de saia justa. Vai que, na triagem dessas licitações, os procuradores encontram indícios de fraude… Tudo bem para o Governo se nada encontrarem de ilegal, mas e se encontrarem? Poderá ser um vexame para RC.

A denúncia é do vereador Marcus Vinicius (PSDB). O prefeito Luciano Agra teria tirado do saco de Papai Noel uma Medida Provisória (nº 34), para desvincular recursos que deveriam ser aplicados em saneamento e pavimentação de ruas para “tapar rombo com despesas já efetuadas”.

A MP 34, encaminhada em pleno Natal pelo prefeito, altera dispositivos da Lei Orgânica do Município, para desvincular cerca de R$ 44 milhões em recursos públicos, que, desta forma, podem ser aplicados de acordo com “o critério pessoal do prefeito, e isto é um absurdo, que não podemos aceitar”.

Informações repassadas ao Blog por aliados do prefeito eleito Reginaldo Pereira indicam que Coriolano (irmão do governador Ricardo) Coutinho estaria insistindo para ser nomeado secretário de Planejamento em Santa Rita. Inclusive, consta que Corio, como é mais conhecido, teria marcado um almoço com Reginaldo nesta quarta-feira, para sacramentar a operação.

Na semana passada, circulou a informação de que Reginaldo teria convidado Estelizabel Bezerra para ser sua secretária de Planejamento, mas ele teria declinado, argumentando que não poderia deixar o cargo na Comunicação, neste momento.