Janduhy contesta RC e diz que empréstimo da Cagepa não voltará a plenário

O governador Ricardo Coutinho poderá vê frustrados os seus planos de levar a votação em plenário seu projeto de empréstimo de R$ 150 milhões para a Cagepa. Segundo o deputado Janduhy Carneiro, presidente da CCJ, “a decisão do Tribunal de Justiça apenas mandou desarquivar o projeto que estava arquivado, mas isto não significa que voltará a votação em plenário”.

Conforme entendimento do deputado, “essa matéria já foi votada em plenário, e foi decisão terminativa. Não tem mais que ser votada, porque já foi votada. Para ela voltar ao plenário, somente se apresentada na próxima legislativa, ou seja, a partir do próximo ano”. Para Janduhy, “é a mesma coisa de uma decisão do TJ. Não volta mais para votação em plenário. Seria uma intromissão indevida de um poder em outro”.


Anísio age como 1º ministro e reduz importância de Agra

Com ou sem aval do prefeito eleito Luciano Cartaxo, a verdade é que o deputado Anísio Maia vai de fato assumindo as funções de um primeiro-ministro. E delimitando território. Suas repetidas declarações, minimizando a importância do prefeito Luciano Agra na vitória de Cartaxo causaram turbulências. Mas, não foram desautorizadas por Cartaxo.

Segundo Anísio, Agra teve sua importância na campanha, mas não no grau que se quer atribuir: “Nossa vitória começou quando escolhemos um bom candidato, depois teve a participação decisiva de Lula e Dilma (no guia eleitoral). O prefeito Luciano Agra teve sua importância, mas não foi um elemento único na campanha. O PT ganhou porque mostrou competência.”


Governador promove mudanças na Comunicação e nomeia pernambucano

O governador Ricardo Coutinho começou a promover mudanças em sua equipe, após o revés que sofreu nas urnas. Bonifácio Rocha, que havia deixado a Secretaria-Executiva de Finanças para disputar a vice prefeitura de Patos, na chapa de Dinaldo Filho, retorna ao mesmo posto. É o que está publicado no Diário Oficial do Estado, edição do dia 2 de novembro.

Outra mudança confirmada pelo DOE é o afastamento da jornalista Lívia Karol Araújo da Secretaria-Executiva de Comunicação Social. Lívia estava afastada, nos últimos meses, com licença maternidade. Ela acompanha RC desde o tempo em que foi prefeito de João pessoa. Lívia será substituída pelo jornalista pernambucano Paulo André, aposentado do Banco Central.

Paulo André foi secretário de Comunicação Social na primeira gestão do prefeito João Paulo (PT), na Prefeitura do Recife. Na Paraíba, ele trabalhou nas campanhas de Ricardo Coutinho em 2004, 2008 e 2010 (2º turno). Em 2006, trabalhou no segundo turno da campanha de José Maranhão.


Choque com Ouvidora faz Coronel Euler balançar no Comando da PM

O Dia de Finados avivou muitas especulações em torno da permanência do coronel Euler Chaves à frente do Comando da Polícia Militar da Paraíba. Conforme informações que transitam nos bastidores dos quartéis do Estado, Euler entrou em rota de colisão com a advogada Valdênia Aparecida Paulino Lanfranchi, que vem a ser a ouvidora-geral da PM.

Segundo comentários frequentes, Valdênia tem mais prestígio com o governador Ricardo Coutinho do que o comandante da PM. Nas últimas semanas, o clima ficou mais tenso entre eles, diante da cobrança do governador por resultados concretos na área de segurança pública, e observações sobre os relatórios que a ouvidora tem levado ao Governo.


Rômulo nega mas sabe que Cássio deverá ser candidato em 2014

O vice-governador Rômulo Gouveia nega a possibilidade do senador Cássio Cunha Lima ser candidato ao Governo, em 2014, porque tem vocação para atuar como bombeiro. Ele soube que o governador Ricardo Coutinho ficou irritado com a especulação em torno da candidatura de Cássio, então decidiu atuar como algodão entre cristais. No que é muito competente.

Mas, se Cássio não pretende ser candidato, por que, por exemplo, um advogado do porte de Harrisson Targino iria fazer uma consulta ao TSE para saber se ele pode disputar o Governo em 2014? Harrisson, Rômulo e vários outros aliados de Cássio sabem que uma massa imensa de cassistas tem incontida ojeriza ao governador, e se queixa de ter votado nele a pedido de Cássio.


Cássio deve se lançar ao Governo em 2014 e se for vetado apresentará Ronaldinho

Essa eu escutei de um militante Cunha Lima que, dada a proximidade com o grupo, não pode ser descartada. Ele afirma que o senador Cássio Cunha Lima pode se lançar candidato a governador, “no início de 2014 e tocar sua postulação até as convenções”.

Segue: após as convenções, se tiver a candidatura impugnada, pela Lei da Ficha Limpa, irá recorrer “da mesma forma que fez quando foi candidato a senador”. O processo deverá ser julgado, inicialmente, pelo Tribunal Regional Eleitoral. “Se perder, recorrerá ao Tribunal Superior Eleitoral”, prossegue.

Enquanto isso, segundo o militante, “ele seguirá normalmente com sua candidatura, como fez em 2010, propugnando que é candidato”. A aposta é que o TSE não julgará o caso antes da eleição, mas, se julgar, ainda terá a “possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal”.


Sinal amarelo: RC poderá ter minoria na votação de suas contas pela Assembleia

Após o tornado que sofreu das urnas, o governador Ricardo Coutinho pode enfrentar novas tempestades pela frente. A começar pela Assembleia, onde se prevê a formação de uma ameaçadora frente fria. O PEN, com seus nove deputados, por exemplo, pode ser um fator de desequilíbrio no embate entre oposição e Governo.

Além do mais, a bancada do PT decidiu radicalizar na relação com o Governo RC, especialmente depois da disputa pela Prefeitura de João Pessoa, marcada pela ferrenha disputa entre o governador e o prefeito Luciano Agra, que foi adotado pelo partido, após adesão à candidatura de Luciano Cartaxo. Há muitas motivações em jogo.

De quebra, até o final do ano, é possível que a Assembleia leve a pauta uma matérias que é nitroglicerina pura: as contas do governador Ricardo Coutinho. Como se sabe, o Tribunal de Contas do Estado aprovou, em sessão tumultuada, apesar de parecer contrário do relator Umberto Porto, dos auditores e dos procuradores.


A queda de braço pelo comando da Câmara

O prefeito eleito Luciano Cartaxo até nega, mas existe, sim, um acordo com o ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades), presidente do PP, para o apoio à reeleição do vereador Durval Ferreira. Vem do tempo em que ocorreram as negociações com o PT para o apoio da legenda à candidatura de Cartaxo. Uma das condições foi exatamente o apoio a Durval.

O problema é que, nos últimos dias, aumentou consideravelmente a pressão, de integrantes do núcleo duro da campanha de Cartaxo, para rever a posição em torno de Durval. A pretexto de promover uma renovação na Casa, a proposta foi mudar o nome de Durval por outro igualmente palatável, e então surgiu o nome do vereador Bruno Farias, do PPS, coincidentemente partido do vice eleito Nonato Bandeira.


Cássio deverá manter aliança com RC até 2014

Claro que ainda depende de um parecer da Justiça. Mas, se o senador Cássio Cunha Lima não puder mesmo ser candidato a governador em 2014, então a Paraíba estará dividida entre dois cordões, que tem sido a tradição de disputas no Estado desde 1930. De um lado estará o governador Ricardo Coutinho e, de outro, o prefeito Veneziano.

Nesse cenário hipotético, certamente o senador Cássio manterá sua aliança com o governador. Não interessa ao tucano, do ponto de vista político, romper com Ricardo e ser obrigado a se compor com Veneziano e Vital. Mantendo a aliança, permanece ocupando espaços no Governo e pode preparar sua estratégia para 2018, com apoio de RC.

Nesse cenário, siglas como DEM, PTB, PR, PP, PEN e PT deverão procurar encontrar o seu espaço, para se acomodar visando a disputa. O PT pode até lançar candidato próprio, mas apenas se tiver um nome realmente competitivo. O ex-presidente Lula vai precisar de aliados para a sua própria campanha e certamente não arriscará ter ruídos nos Estados.


Maranhão: “Não temos o que conversar com Ricardo Coutinho”

“Eu não tenho o que conversar com (o governador) Ricardo Coutinho, visando um acordo com o PMDB. Qualquer acordo com ele é um salto no escuro dentro de um fosso cheio de lanças”. Foi a reação do ex-governador Zé Maranhão, ante recentes especulações indicando uma reaproximação política.

As especulações surgiram porque, após a virada do primeiro para o segundo turno, RC procurou o peemedebista para tentar uma operação ousando, que consistia na retirada da candidatura de Cícero Lucena para apoiar Estelizabel Bezerra contra Luciano Cartaxo. Operação que não prosperou.

Adiante, Maranhão complementou: “O que poderíamos acordar com Ricardo Coutinho? Ora, o PMDB é oposição ao seu Governo na Assembleia, e pretendemos seguir essa linha. Depois, o PMDB tem um candidato ao Governo, em 2014, que é o prefeito Veneziano. Então, não temos pontos em comum.”