Eis que a história se repete. Nas eleições de 2004, o início da campanha foi marcado pelo flagrante de pessoas contratadas para distribuir panfletos apócrifos que acusavam o então candidato Ricardo Coutinho de ser consumidor de drogas como maconha. Agora, o alvo é o candidato Cícero Lucena.

Duas pessoas foram detidas, na noite de ontem, distribuindo panfletos assinados por um certo Movimento de Moradia de Interesse Social (Movis), em que acusam o senador tucano de ser “ficha suja”. As pessoas foram conduzidas ao Cartório eleitoral da 64ª Zona, onde prestaram depoimento.

Denuncia similar já havia sido enviada ao Blog, por funcionários da Cinep. Nos dias de quarta-feira, muitos servidores, especialmente os comissionados seriam convocados para fazer campanhas nas ruas de João Pessoa, em favor de determinada candidata. Agora, também chegou ao portal Wscom, que colheu o texto integral de uma denúncia anônima ao Ministério Público Estadual.

Pela denúncia, “servidores comissionados e efetivos da Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad) e da Fundação Espaço Cultural (Funesc) estão sendo coagidos a trabalhar na campanha”.

Mais um capítulo na guerra das saias de Pombal. O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral acaba de indeferir, por unanimidade, a candidatura à reeleição da prefeita Polyanna Feitosa, do PT. O juizes seguiram o voto do relator Miguel de Brito Lyra, pelo indeferimento.

Para quem já vinham tendo dificuldades nas pesquisas, foi um duro golpe na prefeita petista, em sua disputa contra a candidata Mayenne Van, do PMDB, que segue como única postulante na disputa pela Prefeitura de Pombal.

O Ministério Público do Estado concorda com a retirada das placas do Governo do Estado, que foi promovida pela Prefeitura de João Pessoa. É o que se pode deduzir a partir das declarações do promotor Valberto Lira (do Cidadão): “Não somente apoiamos, como queremos ser parceiro nessa operação Visual Limpo da Prefeitura.”

A polêmica começou desde que o prefeito Luciano Agra mobilizou a Sedurb para a retirada de placas instaladas em locais proibidos. Várias dessas placas eram do Governo do Estado. O governador reagiu e impetrou ações na Justiça pelo retorno das placas, mas o juiz Marcos Salles (1ª Vara da Fazenda) ofereceu veredicto em favor da Prefeitura.

Não é novidade que o PEN ( Partido Ecológico Nacional), partido hoje integrado por nove deputados estaduais, tem uma bancada dividida entre governistas e oposicionistas.

Mas, isso vai mudar. Depois das eleições municipais, o partido vai começar a agir em conjunto, e votar as matérias (a favor ou contra) em bloco. Segundo o presidente Ricardo Marcelo, “um partido só fica realmente forte se tiver unidade”.

Foi decidido em colegiado interno que o partido respeitará as posições anteriores dos deputados até as eleições, quando haverá um marco para a legenda assumir sua própria identidade.

O PSC está próximo da pacificação interna. Pelo menos foi o que revelou ao Blog Rômulo Soares, afastado da presidência municipal do partido pela direção estadual.

Principalmente após recente decisão do procurador eleitoral Yordan Delgado pela manutenção da aliança com o PSDB do candidato Cícero Lucena, tendo o médico Ítalo Kumamoto como vice, indicado pelo PSC.

“Todos os atos produzidos pela direção municipal, com a convenção que deliberou pela aliança com o PSDB, são absolutamente legais, a Justiça está comprovando isto.

Impressiona como nos dois maiores colégios da Paraíba as eleições se transformaram em disputa entre padrinhos políticos. Em João Pessoa, o governador Ricardo Coutinho apadrinha a candidata Estelizabel Bezerra, enquanto o prefeito Luciano Agra é o avalista eleitoral do deputado Luciano Cartaxo.

Em Campina, onde a disputa parece mais acirrada, o senador Cássio Cunha Lima ancora a candidatura do deputado Romero Rodrigues, de um lado. Do outro, o prefeito Veneziano apadrinha a médica Tatiana Ribeiro, enquanto o ministro Aguinaldo Ribeiro é a principal âncora da irmã Daniella Ribeiro.

E ainda que o guia tenha um papel importante nessa guerra, está claro que, no resumo da ópera, o candidato estará tanto melhor quanto estiver a saúde política do seu padrinho até as urnas.

De certa forma já se esperava uma referência ao trabalho do senador Vital Filho, dentre os parlamentares mais destacados do Congresso. Sua atuação em várias comissões do Senado, como na de Orçamento, ou na presidência da CPI do Cachoeira, certamente seria um passaporte para esse destaque, que veio, enfim, com o levantamento do Diap.

Figurar como uma das dez melhores “cabeças” do Congresso no primeiro mandato de senador não é para qualquer um. Ainda mais em meio a tantos parlamentares com maior rodagem que, mesmo após tantos mandatos, não conseguem se destacar no Congresso.

Ficou a impressão de que o senador Cássio Cunha Lima tentou emendar o soneto dos twitters em que cobrou paternidade das obras, como o Centro de Convenções, que foram desmerecidas pelo governador Ricardo Coutinho em sua mídia oficial. Mas, o efeito talvez não tenha sido o esperado. Quase sempre a emenda sai pior do que o soneto.

Diante de toda a repercussão que suas tuitadas causaram, Cássio amenizou as críticas a Ricardo Coutinho e passou uma impressão estranha à sociedade.