PENSAMENTO PLURAL 2020 e 2021, os anos que nunca existiram, por Hélder de Britto Teixeira
Em texto remetido ao Blog, o executivo Hélder Britto Teixeira reflete com os últimos dois anos, marcado pela pandemia, em muito diferem do que ocorreu em 2019, quando o País expurgou “parte dos bandidos do poder, desmantelamos a maior rede de corrupção da história, prendemos ministros, senadores, deputados, grandes empresários, tudo abençoado pela santa Lava Jato”. Diz que o País tinha um herói nacional, o ex-juiz Sérgio Moro, mas tudo mudou em 2020 e 2021. Confira íntegra de seu texto…
Começamos 2019 com a esperança de um país melhor, afinal tínhamos expurgado parte dos bandidos do poder, desmantelamos a maior rede de corrupção da história, prendemos ministros, senadores, deputados, grandes empresários, tudo abençoado pela santa Lava Jato. Tínhamos um herói nacional, Sérgio Moro, um tiozão do churrasco, Jair Bolsonaro, como presidente e o povo nas Ruas, querendo mudanças duras para que realmente deixássemos de ser um país do futuro, e entrássemos definitivamente para o futuro, ponto.
Aí vieram as surpresas. Um Carnaval promíscuo, um aviso mundial de pandemia e o sistema, que antes, permanecia em choque, começasse o reagrupamento. Luís Inácio, o chefe da quadrilha foi solto, a pandemia quase quebra o país, o judiciário começou a legislar e perseguir e um balaio de gatos se formou contra um país frágil democraticamente, politicamente e com um povo que insiste em ser frouxo.
Os anos 2020 e 2021 se fundiram em um só, 2020 nunca terminou e 2021 ainda não terminou e ninguém sabe se terminará.
O que sabemos é que a censura é verbalizada e anunciada sem nenhum constrangimento, o congresso nacional apodrecido por crimes e estorvos, diminuído, e um país sem rumo, sendo “comandado” por onze togados sem mandato popular.
2022 vem com eleições, o chefe da maior organização criminosa já vista, é tido como favorito, seguido pelo tiozão do churrasco e do traíra de fala fina. Isso conforme os institutos de pesquisas dos grandes e famintos grupos de comunicações. Temos presos políticos, não conseguimos aprovar e discutir uma simples reforma do Estado que seja e o frouxo povo brasileiro, um impávido colosso, calado, aceitando e assistindo de camarote do marquês do Foro de São Paulo, uma provável derrocada, a la Venezuela, para o país mais rico e poderoso da América do Sul.
2022 deve ser um recomeço, assim espero. É a hora de colocar os pontos nos ís e seguir o roteiro.
Ou se muda o que está aí, extirpando e expurgando, esse tal establishment ou iremos amargar uma venezuelização de nosso país, com retrocessos enormes, conflitos e uma série de outras coisas nunca vistas neste país tropical.
É hora de revermos as nossas obrigações cidadãs, de revermos o passado próximo e escolher para onde caminhar.
Que Deus salve 2022.