“Agora, vamos procurar Manuel Júnior, o senador Maranhão, Veneziano e outras lideranças de oposição para compormos uma grande frente em João Pessoa. O PSB agora, mais do que nunca, precisa ter candidato próprio a prefeito de João Pessoa, diante dessa decepção com o prefeito (Luciano Cartaxo)”, a frase é do presidente do PSB, Ronaldo Barbosa.
Uma reação, vamos combinar, mais do que esperada, após a saída de Cartaxo do PT, com a consequente filiação ao PSD. Então, se os socialistas já articulavam antes candidatura própria para enfrentar Cartaxo, agora, mais do que nunca, terão. É da índole do governador Ricardo Coutinho rifar adversários, quando eles se tornam inconvenientes aos seus planos.
Claro que tudo faz parte do teatro que vinha marcando a relação entre o prefeito Luciano Cartaxo e o governador Ricardo Coutinho. Apesar de não assumir publicamente, o governador já vinha operando nos subterrâneos para seu partido ter candidato próprio, e emitiu vários sinais neste sentido, ora incensando o secretário João Azevedo (Infraestrutura), ora pendulando para a deputada Estela Bezerra.
E, de forma silenciosa, vinha atraindo setores do PT, com filiações ao PSB. Até que, finalmente, Cartaxo percebeu e tomou a decisão de deixar o partido, vendo uma divisão interna capaz de ameaçar a sua candidatura em 2016. O PT nem pestanejou em seguir na direção do PSB, com quem já tinha uma parceria, e tudo ficou como dantes no quartel de Abrantes.
Assim, o PSB procura sair por cima do rompimento, tendo o pretexto formal para lançar candidato próprio e jogando para Cartaxo a pecha de traidor.
