Servidores convocam assembleia e protesto contra aumento do Governo

Divulgado como o maior reajuste salarial já concedido por um Governo na Paraíba, o aumento linear de 5%,, anunciado pelo Governador RC não agradou à maioria do funcionalismo. Várias categorias, a exemplo dos policiais militares e o pessoal do Fisco, já vieram a público denunciar que o aumento é uma peça de ficção.

Clube dos Oficiais, Caixa Beneficente da PM e Associação de Sub-tenentes e Sargentos convocaram assembleia geral para debater o reajuste e organizar a realização de um protesto. Será a partir das 14h30, desta quarta (dia 29), na sede da Caixa Beneficente, e contará também com a participação de várias outras entidades, não apenas da Polícia Militar.

No final da tarde de ontem (dia 28) foi a vez da Federação dos Trabalhadores em Serviços Públicos no Estado da Paraíba (Fetasp-PB) criticar o reajuste. Segundo o presidente da entidade, Fernando Antônio Borges de Sousa, o aumento “gerou uma frustação nas entidades que trabalharam com a perspectiva de discutir propostas com o Governo”

A Fetasp, que reúne 23 sindicatos da Paraíba, promete reunir, a partir das 10h desta quarta, o seu Conselho Pleno Estadual para analisar o reajuste oferecido à categoria: “Nós não fomos convocados para discutir os índices de reajuste, e Isso constituiu desrespeito e afronta a organização sindical, e com isso não podemos concordar.”

Segundo o Coronel Francisco, do Clube dos Oficiais, o aumento não contempla “nem de longe as expectativas da corporação, porque foi dado em cima da bolsa de desempenho e da gratificação para alimentação, e isso discrimina os inativos e os pensionistas, além de prejudicar policiais que sejam afastados, por exemplo, por serem feridos em combate”.

Fernando Antônio Borges considera que o Governo Ricardo Coutinho vem tentando enfraquecer as entidades que representam o funcionalismo, com o objetivo de subjugar as categorias: “O governador pretende, claramente, promover um enfraquecimento da confiança institucional nos sindicatos, ferindo gravemente a convivência democrática.”

Outras entidades prometem mobilizações para os próximos dias contra o aumento linear de 5% anunciado pelo governador, na última segunda-feira.