E se o deputado-presidente Hugo Motta (Republicanos) cismar de disputar o Governo do Estado em 2026, meu caro Paiakan? Essa é uma indagação que circulou entre militantes de seu partido, com certa torcida. E é compreensível essa especulação.
Hugo cresceu politicamente de forma exponencial, desde que se elegeu presidente da Câmara, e mais que isso: assumiu um protagonismo, sobretudo em temas sensíveis, como aborto, drogas, anistia pro 8 de Janeiro e relação com o Judiciário.
Então, é natural que seu nome passe a ser cogitado para voos mais altos em 2026. Agora, no sério, uma eventual candidatura de Hugo ao Governo vai depender de seu desempenho nos próximos meses, que prometem muita turbulência pré-eleitoral.
Depois, resta avaliar se o melhor arriscar uma disputa ao Governo, ou uma reeleição tranquila à deputação, com boas chances de conseguir mais um mandato de presidente da Câmara, um cargo que, disparadamente, confere um cacife político invejável.
Hugo é, a preço de hoje, um candidato de peso, mas, pode ser uma avaliação precipitada, porque, salvo melhor juízo, a impressão é que Motta prefere se manter na presidência da Câmara. Por ser ainda jovem para uma futura candidatura ao Governo, e, neste caso, poder esperar.
Além do que, certamente, um segundo mandato na Casa pode consagrar seu nome para qualquer projeto eleitoral futuro. Ou seja, poderia vir em 2030 com uma candidatura praticamente de aclamação, dado o seu inegável poder de articulação, inclusive com partidos de oposição.
Entrar no jogo da disputa ao Governo, certamente vai fazer a aliança liderada pelo governador João Azevedo (PSB) reavaliar sua estratégia. Mas, talvez não seja exatamente o seu projeto neste momento. A menos que, eventualmente, perca altitude em seu mandato como presidente da Câmara.
Mas, a verdade, meu caro Paiakan, e que não dá perder o deputado de vista. De repente…
