Um fato novo causou turbulências entre o Tribunal Regional Eleitoral e o Palácio da Redenção. Tudo começou quando o desembargador José Aurélio da Cruz mandou notificar, pelos Correios, o presidente da PBPrev, Yuri Simpson Lobato, para o fornecimento de informações no âmbito das investigações da AIJE da PBPrev, que pede a cassação do governador Ricardo Coutinho.
Na Paraíba, enquanto aliados do governador Ricardo Coutinho propõem a instalação do Tribunal de Contas dos Municípios, certamente com seu aval, algo muito diferente acontece na Bahia. Lá, os deputados estão propondo, em verdade, a extinção do TCM-BA, alegando uso político contra prefeitos e elevados custos de operacionalização, quando já existe o TCE-BA.
A instalação do Tribunal de Contas dos Municípios que vem sendo proposto por deputados ligados ao governador Ricardo Coutinho deve custar pelo menos R$ 90 milhões aos cofres públicos. A previsão é do conselheiro Artur Cunha Lima, presidente do Tribunal de Contas do Estado: “E é até uma incoerência, afinal o próprio Governo do Estado anunciou ter perdido R$ 350 milhões em receitas este ano.”
Foi preciso que diversos setores da sociedade se mobilizasse, com várias manifestações para que, enfim, o poder público tomasse uma atitude no sentido da preservação de Areia Vermelha. Um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) decidiu proibir, dentro de dois meses, quaisquer atividades comerciais de alimentos e bebidas, além de poluição sonora.
A intenção do governador Ricardo Coutinho instalar, através de seus deputados, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), tem recebido reação de vários segmentos da sociedade. A última delas vem da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricom), que condenou a iniciativa: “Essa inoportuna propositura não se apresenta como um bom exemplo ao conjunto da Nação.”
O jovem Rico (filho do governador Ricardo) Coutinho deverá ser um dos coordenadores da campanha de Márcia Lucena, presidente da Fundação Espaço Cultural, que recentemente foi anunciada pelo PSB como pré-candidata a prefeita do Conde. Márcia foi confirmada para a disputa, após pesquisa indicarem a inviabilidade eleitoral da candidatura do secretário Waldson de Sousa (Articulação Municipal).
Ruídos voltam a cercar a candidatura pré-lançada do deputado Veneziano a prefeito de Campina Grande pelas oposições. E vêm exatamente da base do governador Ricardo Coutinho. O deputado Genival Matias, presidente do PTdoB, sinaliza que a candidatura de seu colega Adriano Galdino a prefeito surge como uma alternativa de terceira via.
O senador Cássio Cunha Lima, em longo pronunciamento no Congresso, criticou a indiferença como o governador Ricardo Coutinho vem tratando o iminente colapso no abastecimento de água de Campina Grande, cidade que já experimenta um pesado racionamento. Chegou a ser aparteado pelo senador Jorge Viana (PT-AC), que lamentou a falta de obras do Estado para receber as águas da Transposição.
A instalação do Tribunal de Contas dos Municípios, que tem sido articulada indiretamente pelo governador Ricardo Coutinho, através de seus aliados, na Assembleia, segue rendendo polêmica. Após a surpreendente revelação de que já, inclusive, uma lista de indicados, começa receber a crítica da oposição. O prefeito Luciano Cartaxo, por exemplo, considera a iniciativa “absolutamente inoportuna”.
O secretário João Azevedo (Infraestrutura) não estreou exatamente bem no seu novo figurino de candidato oficial de oposição em João Pessoa. Primeiro, pelo fato de ter passado praticamente três anos em absoluto silêncio, depois por ter abraçado um quesito que aparentemente não domina tão bem. Foi essa a impressão que ele criou ao criticar a LOA 2016 da Prefeitura.
