Agora é oficial: o Diário Oficial do Estado traz na edição deste sábado (dia 4) a exoneração de Estelizabel Bezerra, da Secretaria de Comunicação. Para seu lugar, o governador Ricardo Coutinho nomeou o jornalista Luiz Torres. Mas, Estelizabel não ficará fora do Governo, apesar de decisão de disputar a deputação estadual nas eleições de outubro…

Ricardo nomeou Estelizabel para a sua Chefia de Gabinete, no lugar do polivalente Lúcio Flávio Vasconcelos. Lúcio que, antes já havia sido removido da Casa Civil, quando estourou o escândalo da Granja Santana, também não ficará desemparado. Ele deixou a Chefia de Gabinete, mas foi nomeado como assessor particular do governador RC.

Mais um capítulo na pendenga entre o governador Ricardo Coutinho e os defensores públicos. Passou praticamente despercebido, mas a verdade é que os defensores protocolaram, em novembro, junto à Assembleia, uma representação contra o governador Ricardo Coutinho, por crime de responsabilidade e improbidade administrativa.

Motivo: não repasse do duodécimo da Defensoria Pública, no ano de 2013, no valor de R$ 15 milhões, mais a anulação de crédito orçamentário por decreto, em 2012, no valor estimado de R$ 10 milhões. As duas operações são consideradas ilegais. Três defensores aposentados subscreveram a representação e aguardam parecer da Procuradoria da Assembleia.

O governador Ricardo Coutinho já cogita ir à Justiça com o objetivo de pressionar os deputados pela votação da Lei Orçamentária Anual. Segundo o procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, o adiamento da votação da LOA pode prejudicar, inclusive, o pagamento da folha de pessoal: “Deveria ter sido votada no dia 30”, lamentou.

Gilberto criticou o deputado Ricardo Marcelo, presidente da Assembleia, por não ter posto a matéria em votação: “Só temos a lamentar que não tenha colocado a matéria na pauta, naquele dia, porque todos os deputados estavam em plenário.” Segundo Gilberto, se a LOA não for aprovada até o dia 15, os servidores estaduais poderão ser prejudicados.

O sindicalista Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, confirmou ao Blog, esta sexta (dia 3), a intenção de disputar prévia interna no PT para ser candidato a governador. Marcos pondera que seu nome “foi apontado pelos movimentos sindical e sociais, na perspectiva de ampliar o leque de opções para todos os agrupamentos do PT”.

Para o sindicalista, como o PT nasceu dos movimentos sindicais e sociais, sua pré-candidatura tem “facilidade de diálogo” coma sociedade em geral, especialmente os trabalhadores. E finalizou, afiançando que, em caso de não ser o escolhido na prévia, “a companheira Nadja Palitot terá o meu apoio, caso os filiados do PT endossem sua pré-candidatura.”

O ano de 2014 inicia com algumas certezas e várias incógnitas para a disputa ao Governo do Estado. No capítulo das certezas, há as candidaturas (oficial) do governador Ricardo Coutinho, e a postulação do ex-prefeito Veneziano. RC é candidato natural à reeleição e Veneziano é quem tem melhor aproveitado o espaço pelas oposições.

Na rubrica das incertezas, o caso mais notório é, obviamente, do senador Cássio Cunha Lima. O tucano tem sido estimulado por sua militância descontente com o Governo, para disputar contra Ricardo Coutinho. Mas, há uma variável jurídica em aberto. O próprio PSDB já sinalizou que irá realizar uma consulta ao TSE em abril pra saber de elegibilidade.

Pela quarta vez, nos últimos três meses, a direção estadual do PT manda um recado para os militantes do partido que ocupam cargos no Governo Ricardo Coutinho e na gestão tucana do prefeito Romero Rodrigues. E os petistas, supostamente indicados pelo deputado Luiz Couto, insistem em desconhecer a orientação partidária.

A última delas foi dada pelo presidente Charlinton Machado, nesta quinta (dia 2), quando avisou que os petistas terão até o dia 21 para entregarem seus cargos, sob pena de serem suspensos ou até expulsos. Há quem acredite que o partido irá punir os dissidentes. Mas, a verdade é que, apesar de todas as outras ameaças, eles fazem ouvidos de mercado.

Impressiona a trajetória do senador Vital Filho. Em seu primeiro mandato, Vital foi destaque entre os dez mais do Senado. Já presidiu a Comissão de Orçamento, a CPI do Cachoeira, agora, está a frente a Comissão de Constituição e Justiça (a mais importante da Casa), foi relator de alguns dos principais projetos votados e se especializou em pareceres consistentes.

Vital tem sido citado, insistentemente, por grandes órgãos da mídia nacional, como G1, Veja, Estadão, Folha, O Globo, Valor Econômico como o parlamentar do PMDB que conseguiu o mérito de reunir em torno de si a unanimidade, inclusive para uma eventual indicação no Governo Dilma. Não é pouco para, digamos, um marinheiro de primeira viagem.

O governador Ricardo Coutinho afirmou, nas primeiras horas de 2014, que a violência diminuiu na Paraíba ao longo do ano passado. Eis o que postou no twitter: “Fechamos 2013 com um número inferior de homicídios que o ano passado. O segundo ano consecutivo de redução após dez anos de crescimento!” Há quem acredite.

Mas, a postagem guarda também uma curiosidade não desprezível: os dez anos anteriores ao mandato de Ricardo Coutinho coincidem precisamente com os dois de Cássio Cunha Lima e mais o período tampão de José Maranhão. Exatamente Cássio que tem feito críticas à violência crescente no Estado, especialmente em Campina Grande.

Algumas pessoas que estiveram, recentemente, com o vice-prefeito Nonato Bandeira certamente ficaram impressionadas com algumas declarações. E, certamente, a que mais surpreendeu foi Nonato admitir a possibilidade coordenar uma eventual campanha do senador Cássio Cunha Lima, este ano. Nonato está certo da candidatura de Cássio ao Governo.

Ao Blog, Nonato já havia admitido, há algumas semanas, nos bastidores da TV Master: “Pelo que tenho ouvido do senador Cássio Cunha Lima, ele será candidato.” Mas, admite também que há um embaraço jurídico a superar: “É, realmente existe isso. Mas, acredito que ele seja elegível. E, se for, ele será candidato, não tenho a menor dúvida.”

Há poucos dias, a prefeita Tatiana Lundgreen (Conde) recebeu uma missão de Coriolano (irmão de Ricardo) Coutinho de encontrar uma casa no Litoral Sul, para sua excelência, o governador, passar os dias de réveillon isolado com a família e alguns amigos mais próximos. E a prefeita se esforçou para cumprir a seu mister de aliada.

Por ironia, encontrou uma casa localizada a poucos metros onde, anos antes, o então governador Cássio Cunha Lima também se hospedou num imóvel supostamente pertencente ao pastor Inaldo Camelo. De imediato, Coriolano foi cuidar pessoalmente de fazer uma varredura nas redondezas contra abelhudos e de dotar a casa de segurança extrema (seriam 40 policiais), que a violência não está para brincadeira.