Um mistério tem incendiado a imaginação de muitos agentes públicos na praça. Tudo começou quando vazou a informação de que o Governo do Estado teria contratado, em caráter emergencial, nos últimos dias, restauradores do Sul do País para recuperar uma valiosa e conhecida tela do pintor Di Cavalcanti, do acervo da Granja Santana.

O quadro é considerado uma relíquia, consta do catálogo nacional do autor. Pelo que se comenta nos bastidores da cultura, a tela se encontra bastante avariada, provavelmente resultado de um ato de vandalismo.

Um projeto de lei do deputado Anísio Maia desencadeou mais um ruído nas relações entre o governador Ricardo Coutinho e o ex-governador e atual senador Cássio Cunha Lima. Anísio protocolou um Projeto de Lei instituindo uma jornada de trabalho de 30 horas para os enfermeiros da rede estadual, valendo para os efetivos e os prestadores de serviço.

Ocorreu o ato falho, quando assessores do Governo Ricardo Coutinho noticiaram que o PL de Anísio seria, na verdade, apenas uma cópia da Lei 7.376, de 11 de agosto de 2003, sancionada pelo ex-governador Cássio, instituindo o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos enfermeiros, em que fixa a jornada de trabalho em 30 horas.

Pouco se tem noticiado, mas desde que o ex-prefeito Luciano Agra abriu entendimentos com a direção nacional do PV, vem se travado uma verdadeira guerra de bastidores. O atual presidente estadual do partido, Sargento Dênis, é assumido aliado do governador Ricardo Coutinho, que não deseja perder o partido para seu desafeto, Agra.

Por isso, quando soube dos entendimentos, RC também se mobilizou junto à nacional do PV para tentar impedir o ingresso do ex-prefeito no partido. Diante do impasse, a direção nacional impôs como condição a filiação de lideranças de porte, como deputados estaduais, para não ceder o partido a Agra. RC teria indicado Sandra Marrocos e Buba Germano.

Quando tomou posse em janeiro de 2011, o governador Ricardo Coutinho mandou suspender todos os pagamentos de compras realizadas pelo Governo anterior. Entre essas compras figurava a compra de caminhonetes Ford Ranger, num valor aproximado de R$ 3 milhões. Apesar dos veículos serem usados pela Polícia, o Governo deu calote.

A empresa fornecedora (Cavalcanti Primo) decidiu cobrar a dívida na Justiça. Numa primeira sentença, a juíza Lúcia Ramalho (5ª Vara da Fazenda Pública) condenou o Estado ao pagamento imediato. Mas, o Governo recorreu da decisão e a matéria ficou estacionada no Tribunal de Justiça. Até que, recentemente, a corte manteve a decisão da juíza.

O TJ negou provimento ao recurso do Governo RC e determinou o imediato pagamento da dívida.

A Paraíba está prestes a ser tornar o paraíso da renúncia fiscal no Brasil. Dados fornecidos pelo sindicalista Victor Hugo, presidente do Sindifisco, indicam que o Governo Ricardo Coutinho pretende oferecer uma renúncia fiscal de R$ 1,247 bilhão em 2014. Isto significa mais de 12% das receitas previstas para o próximo ano. A impressão é que o Estado não precisa de dinheiro.

“É impressionante que, justamente num ano eleitoral, o Governo da Paraíba decida conceder uma renúncia fiscal dessa ordem. É muito dinheiro. Além do mais, todos sabemos como algumas empresas costumam ser gratas e generosas com gestores que ajudam financeiramente”, lamentou Victor Hugo. Pra se ter uma ideia, a renúncia fiscal em 2012 foi de apenas 5% das receitas.

O deputado Aníbal Marcolino decidiu acionar o Ministério Público do Estado pra investigar a contratação da empresa Home Bread pelo Governo Ricardo Coutinho. A empresa foi contratada para abastecer um restaurante popular, recentemente inaugurado nas proximidades do Centro Administrativo de Jaguaribe, e atender aos servidores.

A empresa contratada pelo Governo está sendo investigada por irregularidades no fornecimento de alimentos para a merenda escolar no Rio de Janeiro. Inclusive, na cidade de Duque de Caxias foi criada uma CPI (do Pãozinho), para investigar as denúncias contra a empresa que, dentre outros ilícitos, é acusado de superfaturar até o preço do pãozinho.

A denúncia é do deputado Gervásio Filho: “O Governo (Ricardo Coutinho) tirou R$ 6 milhões da área de saúde, destinados à construção de uma Maternidade em Catolé do Rocha, e usou o dinheiro, que era do empréstimo do BNDES II, para a aquisição de uma aeronave.” Gervásio fez o desabafo após verificar “o caos no Hospital Américo Maia de Catolé do Rocha”.

Para o deputado, “é vergonhoso que está ocorrendo na saúde pública da Paraíba.” E reiterou: “Estavam no BNDES II R$ 6 milhões para construção da maternidade, inclusive com UTI materna e neonatal. Pois, o Governo alterou a planilha de investimentos do BNDES. Enquanto Catolé do Rocha ficou sem a sua maternidade, ele usou o dinheiro para adquirir um avião”.

Gervásio esteve no último final de semana em Catolé, e pode atestar: “Se uma mãe precisar ter um filho naquela região, terá de correr para Patos ou Sousa, porque sem anestesista a mãe não poderá ter o seu filho em sua cidade.”

As fotografias desembarcaram primeiro no Instagram, conhecida rede social de imagens. Alguns sites como o ClickPB publicaram, retratando a primeira-dama Pâmela Bório, ao lado de colunistas sociais, tendo ao fundo uma aeronave que, supostamente, seria o mesmo King Air B-200, pelo qual o governador Ricardo Coutinho pagou uma fortuna do erário.

Pâmela fora contemplada com o um prêmio do jornal MG Turismo, de Minas Gerais, e teria viajado em avião oficial do Estado para Minas Gerais, acompanhada de alguns profissionais contratados para cobrir a solenidade. E detalhe foi que, em nenhum momento, o Governo RC negou a informação de que o avião era aquele mesmo do Estado. Um King Air de R$ 5 milhões.

Aquele mesmo avião que teria sido adquirido com recursos originalmente destinados à área de saúde, segundo denúncia do deputado Gervásio Filho.

Os advogados da empresa Daisan, concessionário da Hyundai na Grande João Pessoa, conseguiram expressiva vitória no Superior Tribunal de Justiça, na noite desta terça (dia 14), mantendo decisão anterior do desembargador José de Lorenzo Serpa, que foi contra a instalação de nova concessionária da montadora na região.

Toda querela começou quando a Hyundai, do empresário Carlos Alberto de Oliveira (CAOA) decidiu instalar duas concessionárias (em João Pessoa e Cabedelo), na área em onde já havia a Daisan (do Grupo Cavalcanti Primo). Mais que isso, essas concessionários passaram a praticar preços mais baixos, inviabilizando a Daisan, que terminou por fechar as portas.

O promotor Marinho Mendes postou em seu Facebook grave denúncia, no bojo do Caso Rebecca, um dos crimes misteriosos da Paraíba. Marinho indaga na rede social: “Por qual motivo afastaram a delegada que brilhante conduzia as investigações e chegou mesmo a descobrir até o colchão sobre o qual Rebecca foi severamente e brutalmente martirizada?”

Adiante, faz a indagação mais surpreendente: “Essa profissional hoje, tem sofrido assédio moral e perseguições, por quais motivos senhoras e senhores?” Suas indagações constam do artigo intitulado “Mais um dia das mães sem Rebecca! A polícia “jogou a toalha”? O crime ocorreu, como se sabe, há quase dois anos.