Levantamento mostra que a Paraíba paga pior salário do Nordeste a delegados

Agora é oficial: a Paraíba é quem paga o pior salário aos delegados de polícia. A informação foi levantada pela Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP), mostrando a remuneração recebida pela categoria em todos os estados brasileiros.

Os dados revelam que a Paraíba paga o pior salário do Nordeste e o segundo pior do País aos seus delegados. Segundo o delegado Cláudio Lameirão, presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia (Adepdel), “até os Estados com um PIB muito inferior ao da Paraíba pagam salários melhores”.


CNJ faz justiça e manda TJ reintegrar juíza Lúcia Ramalho

A Justiça muitas vezes tarda. E às vezes falha. Mas, que se faz em algum momento. Foi o que ocorreu com a recente decisão do Conselho Nacional de Justiça que mandou o Tribunal de Justiça devolver à juíza Lúcia Ramalho o seu posto na 5ª Vara da Fazenda Pública.

A magistrada, como se sabe, terminou punida especialmente por ter decidido em favor dos funcionários do antigo Ipep, numa ação contra o Governo Ricardo Coutinho. Logo que assumiu o Governo, RC mandou cortar todas as conquistas que os funcionários tinham obtido na Justiça.

Eles impetraram uma ação de execução de sentença, a juíza determinou a implantação dos benefícios nos seus contracheques, o Governo RC recorreu e, por tabela, ainda processou a magistrada. Ela terminou afastada pelo TJ, recorreu ao CNJ e, agora, foi reintegrada.


Saúde pública da Paraíba na UTI

O secretário Waldson de Sousa (Saúde, Estado) diz que a culpa pela morte da criança Wagner Silva não é do Estado. Sua colega Roseana Meira (Saúde, João Pessoa) também nega responsabilidade da Prefeitura. Bom, se o poder público não tem qualquer culpa na morte (ou talvez homicídio) da criança, então o culpado deve ser mesmo o menino.

Já começou pela infelicidade de ter adoecido num Estado em que a vida tem pouco ou nenhum valor para quem gere o setor de saúde pública. A insensibilidade como essa gente fala dos problemas de suas áreas é aterradora, beira ao nazismo. As pessoas são tratadas como estatísticas numéricas, enquanto o fator humano é relegado a um mero detalhe.

Vai ser o menino cometeu suicídio apenas para abrir as feridas de um problema que vem se arrastando, há anos, sob direção girassol. A forma como esse modelo administrativo trata médicos, pacientes e testa a paciência do cidadão é de estarrecer. A saúde pública na Paraíba, definitivamente, está na UTI e não deve sair enquanto perdurar essa administração.


CRM interdita o Arlinda Marques por falta de médicos e procurador responsabiliza Governo

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba interditou eticamente, nesta quinta-feira (dia 25), o Bloco Cirúrgico e a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Infantil Arlinda Marques, em João Pessoa, após uma inspeção técnica realizada, pela manhã.

Desde ontem (quarta-feira) o Arlinda Marques está sem médicos cirurgiões, em consequência de uma decisão judicial, que estabeleceu o fim dos contratos dos hospitais da rede estadual com as cooperativas médicas. Os médicos atendiam através das cooperativas.

O Hospital Arlinda Marques é referência estadual no atendimento a crianças. Segundo as informações fornecidas pelo médico Eurípedes Mendonça, diretor de Fiscalização do CRM-PB, o hospital não tem mais como realizar cirurgias sem a escala médica.


Por que Cássio não veio ajudar Cícero no segundo turno?

Militantes do PSDB que apoiam a candidatura de Cícero Lucena têm razão de estar magoados com o senador Cássio Cunha Lima. Afinal, no início da campanha, o senador prometeu vir a João Pessoa ajudar o seu velho companheiro. Mas, Cássio esteve apenas no primeiro turno, com algumas aparições no guia eleitoral e pouco mais.

Na oportunidade, afirmou que estaria com Cícero no palanque do segundo turno. Porém, a campanha já está nos seus derradeiros momentos e Cássio não veio. Tudo bem, ele pode alegar que está enfrentando uma disputa acirrada em Campina, com seu candidato Romero Rodrigues (e o irmão Ronaldo Cunha Lima Filho), no embate contra a candidata Tatiana Medeiros, mas…


O PSB conseguiu apenas 8,7% do PIB eleitoral do Estado. Campos vem comemorar o que?

Interessante o comentário postado pelo jornalista Sérgio Botelho, de Brasília, que analisa os números do PIB eleitoral do Estado, emergido dessas eleições, e constata que, apesar de ter eleito 35 prefeitos, o PSB tem apenas 8,7% dos eleitores do Estado. Mesmo assim, o governador Ricardo Coutinho estará recebendo seu colega Eduardo Campos, na primeira semana de novembro, para comemorar. Mas, comemorar o que?

Ora, dessas mesmas eleições emergiram muito, muito mais fortes partidos como o PT, que pode ir a 33,4% do PIB eleitoral do Estado, caso vença a disputa em João Pessoa (conforme sinalizam todas as pesquisas publicadas) e o PMDB tem 20,5% (elegeu 60 prefeituras) e pode chegar a empatar com o PT, caso vença a disputa de segundo turno em Campina Grande. E olha que o PSB é o partido do governador.

Confira análise completa dos números…


Procurador responsabiliza Governo RC por problemas causados ao cidadão

O procurador Eduardo Varandas (Trabalho) foi duro com o Governo Ricardo Coutinho, a quem responsabiliza por eventuais problemas de saúde causados aos cidadãos que procurem a rede hospitalar e não encontrem assistência: “O Governo teve todo o tempo para resolver o problema e preferiu não resolver.”

Os hospitais de rede estadual estão impedidos, a partir de hoje, de contratar médicos, através de prestação de serviços ou cooperativas, por ferir a Constituição, em ação movida pelo procurador Eduardo Varandas. Na manhã desta quarta (dia 24), a desembargadora federal Ana Madruga indeferiu pedido do Estado para prorrogar os contratos com as cooperativas.


Dilma e Lula se unem ao PMDB para derrotar o PSB de Ricardo

Pouca gente se apercebeu que, diferente de outras viagens a João Pessoa, desta vez o ex-presidente Lula não manteve qualquer contato com o governador Ricardo Coutinho. Pelo menos não de conhecimento público. Pelo visto, Lula está de combinação com a presidente Dilma Roussef, cuja estratégia é derrotar o PSB de RC, porque sabe que enfrentará o partido em 2014.

Bate com informação do Blog do colunista Cláudio Humberto “Contra o PSB”, que diz: “Dilma quer PT e PMDB unidos desde agora para combater a reeleição dos governadores do PSB na Paraíba e no Piauí, além de enfrentar o candidato do cearense Cid Gomes à própria sucessão. Na Paraíba, o plano é “empurrar” o governador Ricardo Coutinho a ser aliar ao PSDB.”


RC: entre o rancor e a arrogância

O governador Ricardo Coutinho, aparentemente, ainda não conseguiu afinar sua bússola após a amarga derrota em João Pessoa. Logo que assentou a poeira das urnas de primeiro turno, ele afirmou, num evidente tom de amargura, que a cidade iria passar por um retrocesso, diante das opções de Luciano Cartaxo e Cícero Lucena.

Mas, há poucos dias, ofereceu uma declaração curiosa. Ante a possibilidade de uma vitória de Cartaxo, de acordo com as últimas pesquisas, o governador afirmou que todos os projetos do candidato eram seus. Quis, é claro, passar a impressão de que o petista não tinha criatividade, pois teria se apropriado de suas ideias administrativas.


Sem favorito fica acirrada a disputa entre Romero e Tatiana em Campina

Pode até ser que as urnas de 28 de outubro em Campina Grande mostrem outra realidade, mas o fato é que uma campanha que se iniciou francamente favorável ao candidato Romero Rodrigues, vive hoje um outro cenário. O candidato tucano talvez ainda lidere as pesquisas, mas certamente não lidera mais o favoritismo da disputa de segundo turno.

Aliás, essas eleições em Campina Grande já registraram várias reviravoltas. Nos primórdios, por exemplo, a deputada Daniella Ribeiro era vista como praticamente imbatível. Depois, foi a vez da chapa Romero e Ronaldo voar em céu de brigadeiro e poderia ter vencido no primeiro turno.

Como não venceu, deixou a candidata Tatiana de aproximar agora no segundo turno. Resultado: uma eleição que estava praticamente ganha, agora virou uma incógnita. Quem vencer, será por uma margem muito pequena.