A Revista Época desta semana traz uma extensa reportagem, “A Conexão Paraibana”, em que coloca o Estado na rota do escândalo do mensalão. Segundo a reportagem, uma empresa de publicidade da Paraíba foi beneficiada em contratos com a Infraero, numa operação muito semelhante ao “modus operandi do publicitário Marcos Valério, pivô e réu do mensalão”.

Diz a revista: “Uma denúncia de desvio de dinheiro público para cofres petistas, que por anos mofou nos escaninhos da burocracia brasileira, virou um novo inquérito aberto pela Polícia Federal…” Leia a reportagem na íntegra:

O senador Cássio Cunha Lima segue sem participar ativamente da campanha do candidato Cícero Lucena, em João Pessoa, mas ofereceu, nesta sexta-feira (dia 24), uma declaração que certamente agradou ao tucano. Ele afirmou, durante evento em João Pessoa, que “o cenário aponta o crescimento de Cícero e a polarização com o candidato Maranhão”.

Mas, o senador Cássio deu uma na ferradura, ao afirmar que ainda espera por uma sinalização para gravar sua participação no guia eleitoral de Cícero. Não revelou quando irá se incorporar à sua campanha, como tem feito com outros candidatos como Romero Rodrigues, em Campina Grande, Dinaldinho (Patos), Reginaldo Pereira (Santa Rita) e Carlos Antônio (Cajazeiras).

Ainda repercute, especialmente dentro dos quartéis da Polícia Militar, recente briga entre os coronéis Euler (Comandante) e Américo, ex-comandante do Policiamento Metropolitano da Capital. O fato ocorreu durante uma reunião do Alto Comando da PM, com a presença de vários oficiais graduados da corporação.

Tudo começou quando o comandante Euler Chaves se dirigiu ao coronel Américo. Após várias críticas ao seu trabalho, Euler anunciou seu afastamento do cargo, e justificou a decisão acusando categoricamente Américo de estar “conspirando” contra ele dentro da PM. Houve troca de acusações e os dois partiram para o embate físico.

Quer saber, meu caro Paiakan, não vou entrar no mérito da velha discussão de que os conselheiros Nominando Diniz, Artur Cunha Lima e Gustavo Nogueira, todos nomeados pelo ex-governador e atual senador Cássio Cunha Lima, votam conforme certa gratidão política.

Essa é uma discussão já surrada e a Paraíba já formou juízo a esse respeito. Também não irei comentar sobre o fato de Cássio, sendo aliado do governador Ricardo Coutinho (em que pese alguns estrebuchos tuiteiros) vir de alguma forma a influenciar em favor dessa aliança…

O PSB do governador Ricardo Coutinho acaba de sofrer novo revés em sua queda de braço com o vereador Bira.

O Tribunal Regional Eleitoral decidiu, por unanimidade, negar provimento a recurso do partido, que pretendia cancelar o registro de sua candidatura. O partido, como se sabe, vinha negando legenda ao parlamentar, sob a alegação de não envolvimento com a candidatura oficial de Estelizabel Bezerra.

O governador RC e o presidente do partido, Ronaldo Barbosa, havia se pronunciado, em mais de uma oportunidade, contra a concessão da legenda para o vereador disputar a reeleição, alegando traição à orientação partidária.

Enquanto o que realmente chamava a atenção eram as contas de 2011 do governador Ricardo Coutinho, o Tribunal de Contas do Estado aprovou, sem muito alarde, o período dos últimos quatros anos do prefeito Marcos Odilon (Santa Rita), correspondentes ao seu segundo e polêmico mandato na Prefeitura.

Odilon enfrentou consideráveis turbulências nesse mandato, inclusive com a paralisação dos professores, que foi considerada a greve mais longa do gênero no Brasil.

Após mais de oito horas de sessão, o Tribunal de Contas do Estado decidiu, nesta quinta-feira (dia 23), aprovar por maioria as contas do governador Ricardo Coutinho, relativas ao exercício de 2011. No inicio da votação, o conselheiro Umberto Porto, relator, havia emitido voto contrário à aprovação das contas. Mas, os demais conselheiros não acompanharam seu voto.

Votaram pela aprovação os conselheiros Arnóbio Vianna, mantendo a multa de R$ 7.882,17 ao governador RC estipulada pelo relator Umberto Porto, na sequencia Dominando Diniz (multa de R$ 3 mil), Gustavo Nogueira (sem multa), Artur Cunha Lima (multa de R$ 3 mil) e, finalmente, André Carlo Torres Pontes. O presidente Fernando Catão só votaria em caso de empate.

O conselheiro Umberto Porto, do Tribunal de Contas do Estado, acaba de apresentar seu voto contrário à aprovação das contas do governador Ricardo Coutinho, por irregularidades consideradas insanáveis, dentre as quais a contratação de servidores sem concurso público, aplicação irregular de recursos do Fundeb e repasses a menos do duodécimo aos demais poderes.

Em seu voto, o conselheiro do TCE também estipula uma multa pessoal “ao senhor Ricardo Vieira de Coutinho no valor de R$ 7.882,17, a ser paga no prazo máximo de 60 dias”, pelo cometimento dos ilícitos elencados pelo conselheiro, durante a apresentação do seu voto.

O Tribunal Regional Eleitoral não deu provimento a recurso interpelado pelos advogados do candidato Romero Rodrigues, do PSDB, que reivindicava o PPS em sua aliança. Com a decisão da Corte, o PPS fica mantido na coligação liderada pelo PP da candidata Daniella Ribeiro.

O juiz corregedor Miguel de Britto Lyra, relator do processo, entendeu que a decisão de primeira instância, favorável à aliança do PPS com o PP deveria ser mantida: “A decisão válida é a da convenção. Não se pode manter decisão política de última hora, por isso, eu mantenho o PPS na aliança com o PP.”

Segue a pendenga entre os candidatos Estelizabel Bezerra, do PSB, e Cícero Lucena, do PSDB. No final da tarde desta quinta-feira (dia 23), o Tribunal Regional Eleitoral decidiu à unanimidade confirmar a candidatura do tucano, julgando um pedido protocolado pelos advogados de Estelizabel, que pretendia carimbar o candidato como ficha suja, alegando rejeição de suas contas pelo TCU.

A decisão do TRE seguiu o parecer do Ministério Público Eleitoral, que afirmou não haver qualquer “impedimento legal para a candidatura”.