O Governo do Estado não fez o dever de casa e perdeu cerca de R$ 850 mil, em recursos que seriam liberados mediante convênio da Secretaria de Educação e a Biblioteca Nacional. Os recursos foram disponibilizados, mas, venceu o prazo, e o Governo Ricardo Coutinho não conseguiu enviar o projeto correspondente.

Os recursos deveriam ser aplicados em compras de livros, para abastecer as bibliotecas do Estado. O caso causou espécie no Ministério da Cultura, uma vez que vários outros Estados vinham disputando esses recursos para equipar suas bibliotecas, inclusive com a possibilidade de instalar um acervo com livros eletrônicos.

A casa nova pesquisa vai se consolidando o que se suspeitava: a presidente Dilma foi de fato quem melhor fez a leitura das ruas nos protestos de junho. Depois de ter caído a índices preocupantes de aprovação, Dilma tem se recuperado de uma forma surpreendente. É o que mostram, por exemplo, os números da última pesquisa Datafolha.

No espaço de um mês, Dilma saltou de 41% para 47% e venceria a disputa pela reeleição em primeiro turno, fácil. No mesmo período, o tucano Aécio Neves despencou de 21% para 19%, enquanto Eduardo Campos colecionou mais outra queda: de 15% para 11%. Ou seja, Dilma cresceu bem mais do que foi o tamanho da queda dos adversários.

Os servidores estaduais promovem, nesta quarta (dia 4), paralisação geral de várias categorias. Segundo o Fórum dos Servidores, está programada ainda uma mobilização no Centro Administrativo do Estado, com o objetivo de “alertar a população para a situação de precarização do serviço público, em decorrente da política do governador Ricardo Coutinho com o funcionalismo”.

Conforme documento aprovado, recentemente, no Congresso dos Servidores, o governador RC tem se recusado a receber representantes das categorias, para discutir uma política para o funcionalismo e melhores condições no serviço público. Conforme o Fórum, o Governo “cortou os planos de cargos de várias categorias e trata os servidores de forma ditatorial”.

Durante o Governo Burity, a Paraíba entrou no circuito mundial da música clássica, com a Orquestra Sinfônica do Estado entre as melhores do País. Na sequência, houve um paulatino desmantelamento da orquestra. Hoje, no Governo Ricardo Coutinho, a Sinfônica da Paraíba é apenas uma pálida amostra do que foi no passado.

Por isso, reveste-se de tantos significados a iniciativa do prefeito Luciano Cartaxo de criar a Orquestra Sinfônica de João Pessoa, não apenas para resgatar a importância da música clássica na formação dos jovens, mas também como uma resposta ao Governo do Estado. Afinal, se a Prefeitura pode manter uma sinfônica, por que o Estado não pode?

Duas notícias movimentaram o final de semana na área política. A primeira delas foi uma publicação da revista Veja, atacando o senador Vital Filho (Coluna Holofote), a quem acusou de pagar R$ 1 milhão a um juiz eleitoral. A revista alega que a denúncia partiu de um jornalista. Mas, não deu o nome do jornalista, nem do magistrado. Ficou parecendo coisa plantada e caiu no vazio.

A outra notícia foi a apresentação do ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades) como candidato a governador, pelo chamado Blocão. Houve um encontro, em Brasília, da presidente Dilma com o PP, e Aguinaldo, ao ser sondado sobre a possibilidade de disputar o Governo, desconversou e afirmou só tratar do assunto em 2014. Na Paraíba, seu nome foi defendido pelo senador Vital Filho.

Vem causando intensa polêmica, especialmente na Internet, emenda do senador Cássio Cunha Lima que amplia as penas aos internautas que postarem críticas ofensivas a candidatos ou partidos políticos. O autor de mensagens classificadas como criminosas poderá ser punido com uma multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil, além de prisão de seis meses a um ano.

Cássio argumentou, na apresentação de sua emenda, que as redes sociais tornaram-se um instrumento poderoso na formação da opinião pública, mas “têm tido seu uso deturpado”, especialmente em períodos eleitorais: “Já se constatou a contratação de grupo de pessoas para que realizem ataques, via internet, aos candidatos, partidos ou coligações”.

Cisma entre os oficiais da Polícia Militar. Tudo começou, na tarde da última quinta-feira (dia 27), quando a cúpula da PM convocou todos os comandantes para uma reunião na sede da OCEPB (Organização das Cooperativas da Paraíba). Na pauta, quando se imaginava fosse uma discussão sobre política salarial ou melhorias de trabalho para enfrentar a criminalidade crescente…

Eis que o Comando abriu os trabalhos, defendendo uma imediata ação no sentido de derrubar o Coronel Francisco e toda a atual diretoria do Clube dos Oficiais. Foi quando alguns oficiais presentes estranharam a pauta, lembrando que a atual diretoria, como se sabe, foi reeleita, há poucos meses, e tem mandato até 2005, e que eles deveriam aproveitar a reunião para discutir política salarial.

Segue repercutindo, meu caro Paiakan, a ameaça do governador Ricardo Coutinho atacar as oposições com uma surra de varas. O ex-prefeito Veneziano, por exemplo, disse que o governador trata os paraibanos como se fossem animais. Pode ter sido o chamado selvagem de quem deu as declarações dentro de um haras…

O governador, como se sabe, tem um histórico de chamamento à violência. Que o digam o Padre Luiz Couto e o ex-prefeito Luciano Agra. Diante dessa ameaça real, o Blog recebeu vários emails de pessoas aconselhando a oposição a comprar gibões de couro, daqueles usados por vaqueiros… para proteger as costas da surra.

Se o PMDB abdicou do direito de requerer o mandato do deputado Wilson Filho na Justiça, por infidelidade partidária, o Ministério Público Federal, não. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ingressou na tarde desta quinta-feira (28), com ações de perda de mandato contra Wilson e mais 13 outros deputados federais.

O fato de ter deixado para a undécima hora a desfiliação do PMDB não parece ter sido suficiente para Santiago. Resta saber se a Justiça terá tempo de julgar esses processos até as eleições do próximo ano. A iniciativa do procurador-geral da República parece sinalizar que a Justiça vai estar atenta à movimentação de políticos, saltando de um partido para outro, e o caso deve chegar aos deputados estaduais que mudaram de partido também.

É muito curioso o que está acontecendo com a Cagepa. A empresa emplacou mais um aumento de 8,67% nas contas dos consumidores (a partir de dezembro), no entanto segue promovendo rodízio do fornecimento em todo Estado. São várias as comunidades que ficam sem água todos os meses. Em três anos de gestão Ricardo Coutinho as contas subiram 33,29%…

Um percentual muito acima da inflação do período. Foram 16,93% em abril de 2011, 7,69% em maio de 2012 e, agora, 8,67%. Mais que isso, segundo estudo realizado entidades da área de saneamento, a Cagepa detém o 14º faturamento do País entre as concessionárias de águas e esgotos: R$ 516.870.000.000 foi o que a empresa faturou em 2012.